Coronavirus exige revisão das cadeias globais de suprimentos
Mark Essle*
O Coronavírus está impactando as cadeias globais de valor, essenciais para o crescimento econômico; para evitar riscos, as empresas estão fazendo ajustes ao seu modelo de suprimentos.
Além de todo o impacto na saúde e bem estar das pessoas, está claro que o surto do Coronavírus (COVID-19) vem impactando a produção e as cadeias globais de valor, com consequências para as empresas, consumidores e a economia global. Muitos CEOs estão buscando respostas para perguntas urgentes, como de que forma proteger colaboradores, garantir a segurança do fornecimento, mitigar impactos financeiros, controlar riscos à imagem do negócio e navegar as incertezas do mercado, que tem derrubado a demanda.
Tradicionalmente, as cadeias globais de valor, mecanismos essenciais para o desenvolvimento econômico e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), foram desenvolvidas para a competição baseada em custos. Mesmo antes do advento do Coronavírus, a Guerra comercial da China-EUA, os embargos da Rússia, Irã, Coreia do Norte e inclusive outros eventos climáticos e pandemias nos lembram do risco desta estratégia de fonte única e menor custo. A pergunta é: os riscos já estão excedendo os menores custos?
O novo vírus já tem efeitos significativos nos mercados globais. O medo do surto afetou desde o preço global do petróleo à medida que as refinarias chinesas diminuíram a produção antevendo a redução da demanda doméstica até as cadeias longas da indústria automobilística global. Essa desaceleração já tornou ainda mais obscuras as perspectiva para os fornecedores. Estimativas conservadoras da Reuters preveem que o crescimento econômico da China deva cair para 4,5% no primeiro trimestre de 2020 - esse é o menor índice desde a crise financeira de 2008, e pode custar uma perda de receita de US$ 1,1 trilhão à economia global. Os efeitos no Oriente Médio e na Europa estão só começando.
Apesar das experiências do passado, do ponto de vista de cadeia de valor, as disrupções associadas a crises do passado, como o surto da SARS em 2003 ou o desastre nuclear de Fukushima, em 2011, não podem servir de modelo para decisões agora. Isso porque as economias globais hoje estão muito mais integradas, e as cadeias de valor de 2020 são globais e mais complexas do que eram em 2003 ou 2011.
Como consequência, fabricantes já se veem forçados a interromper ou postergar sua produção.
E o que muitos perguntam é como as empresas devem responder e se preparar para os impactos no fornecimento no longo prazo? A Kearney produziu em conjunto com o Fórum Econômico Mundial, um documento no qual traz sugestões para que as empresas minimizem os riscos em sua cadeia de suprimentos.
O documento indica que, no contexto da crise gerada pela disseminação do Coronavírus, os líderes precisam rapidamente tornarem suas empresas mais resilientes. Primeiro devem considerar reconfigurações à cadeia de suprimentos para se protegerem dos riscos. Essas ações incluem, por exemplo, ter maior visibilidade sobre toda a cadeia, incluindo fornecedores primários, secundários e até terciários. É preciso saber quem produz as partes críticas, quais as fontes alternativas e qual a situação do inventário desses fornecedores. Contar com dois fornecedores de regiões diferentes para partes críticas da cadeia ou aumentar o nível de estoque em diversos locais da cadeia podem ajudar a se proteger contra vulnerabilidades.
Outra vertente é avaliar opções geograficamente próximas para encurtar as cadeias de suprimentos e aumentar a proximidade com clientes e fornecedores. E, finalmente, ampliar o uso de tecnologias 4.0 de manufatura flexível e estabelecer planos de emergência para uma logística alternativa que possam ser rapidamente implementados.
O impacto final desta crise ainda é incerto, mas ao que tudo indica, ela será disruptiva para o modelo de cadeia global integrada “just-in-time”. O que sabemos de fato agora é que a mitigação do impacto do COVID-19 em escala global é algo demasiado complexo e urgente para que qualquer organização tente agir sozinha. Governos, reguladores e iniciativa privada precisam cooperar para estabelecer as melhores práticas e catalisar uma solução conjunta.
*Mark Essle é sócio da consultoria global de gestão estratégica Kearney.
Sobre a Kearney
A Kearney é uma consultoria global líder em gestão de negócios, com 93 anos de operação e atuação em mais de 40 países. É uma empresa dirigida por seus sócios, comprometidos em ajudar os clientes e gerar impactos imediatos, aumentando as vantagens competitivas em seus desafios mais críticos.
O foco da consultoria é atuar como parceira estratégica dos clientes na obtenção de benefícios reais em projetos de curto e longo prazos. Os diferenciais da Kearney são ampla escala global, diversidade de recursos e excelência em todos os processos.
A Kearney possui uma cultura distinta que transcende as fronteiras organizacionais e geográficas. Não importa qual a localização ou posição, todos os consultores da Kearney são visionários, acessíveis e apaixonados por projetos inovadores.
Sobre a Trama
Entre as 20 principais agências brasileiras de comunicação, a Trama se destaca há 24 anos por criar projetos comunicacionais inspiradores que conectam, informam e engajam diversos públicos de forma alinhada à estratégia de negócios das organizações. Com um time de 35 profissionais e atualmente com mais de 40 clientes em seu portfólio, recebeu o Prêmio Aberje de Comunicação Integrada (São Paulo), ganhou o Prêmio Internacional Lusos na categoria prata de relações públicas; foi indicada como uma das 13 agências de mais alto nível em qualidade e excelência de serviços na opinião de seus clientes, na pesquisa “Agência de Confiança”, realizada pela Revista Negócios da Comunicação. É associada ao Instituto Ethos, Aberje e Abracom.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
https://www.facebook.com/groups/portalnacional/
<::::::::::::::::::::>
IMPORTANTE.: Voce pode replicar este artigo. desde que respeite a Autoria integralmente e a Fonte... www.segs.com.br
<::::::::::::::::::::>
No Segs, sempre todos tem seu direito de resposta, basta nos contatar e sera atendido. - Importante sobre Autoria ou Fonte..: - O Segs atua como intermediario na divulgacao de resumos de noticias (Clipping), atraves de materias, artigos, entrevistas e opinioes. - O conteudo aqui divulgado de forma gratuita, decorrem de informacoes advindas das fontes mencionadas, jamais cabera a responsabilidade pelo seu conteudo ao Segs, tudo que e divulgado e de exclusiva responsabilidade do autor e ou da fonte redatora. - "Acredito que a palavra existe para ser usada em favor do bem. E a inteligencia para nos permitir interpretar os fatos, sem paixao". (Autoria de Lucio Araujo da Cunha) - O Segs, jamais assumira responsabilidade pelo teor, exatidao ou veracidade do conteudo do material divulgado. pois trata-se de uma opiniao exclusiva do autor ou fonte mencionada. - Em caso de controversia, as partes elegem o Foro da Comarca de Santos-SP-Brasil, local oficial da empresa proprietaria do Segs e desde ja renunciam expressamente qualquer outro Foro, por mais privilegiado que seja. O Segs trata-se de uma Ferramenta automatizada e controlada por IP. - "Leia e use esta ferramenta, somente se concordar com todos os TERMOS E CONDICOES DE USO".
<::::::::::::::::::::>
Itens relacionados::
- Especialista defende que Brasil desenvolva vacina nacional contra a Covid-19
- Otimizar a jornada do cliente é o diferencial no pós-pandemia da COVID-19
- Médico fala sobre a covid-19 e suas alterações como doença prolongada
- Pandemia de Covid-19 causa retrocesso no combate à tuberculose no Brasil
- Durante a COVID-19 cresce o uso de ferramentas digitais
- LafargeHolcim investe cerca de R$ 50 milhões em ações preventivas e de controle à Covid-19
- Covid-19: esclareça os principais pontos para quem quer viajar neste momento
- Como Imbituba se tornou referência no combate à covid-19
- Estudos do mundo real comprovam: três doses de CoronaVac garantem proteção elevada em idosos e imunossuprimidos
- Operadoras enviaram no ano passado quase 763 milhões de SMS com alertas de risco de desastres naturais e sobre Covid-19
- Como diferenciar os sintomas da gripe e da Covid-19?
- Cajamar chega à marca de 85% das crianças de 5 a 11 anos vacinadas contra a Covid-19
Adicionar comentário