EMBRAPII apresenta biocombustível a base de plantas aquáticas no 9o Congresso Brasileiro de Inovação Industrial
Projeto transforma biomassa residual de plantas aquáticas em biocombustível
A EMBRAPII - Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial apresenta, até quinta-feira (10), no 9o Congresso Brasileiro de Inovação Industrial, diferentes projetos tecnológicos que receberam apoio da instituição para seu desenvolvimento industrial.
Entre as novidades, está o projeto que busca transformar plantas aquáticas em biocombustível. A iniciativa é fruto da parceria entre EMBRAPII, Instituto SENAI de Inovação em Biomassa - Unidade EMBRAPII, localizada em Três Lagoas (MS), e a CTG Brasil, segunda maior geradora privada de energia do país.
O objetivo da proposta é avaliar o aproveitamento energético do bio-óleo produzido a partir de plantas aquáticas que proliferam nos reservatórios de Ilha Solteira e Jupiá.
O crescimento excessivo das macrófitas, espécie vegetal aquática, prejudica a qualidade da água, e dificulta o seu uso para navegação, irrigação, fornecimento de água e produção de energia hidroelétrica. Elas tendem a retirar o oxigênio durante seu processo de crescimento e isso afeta o desenvolvimento de outros organismos, como algas, microalgas, zooplancton e peixes. Assim, o desafio do Macrofuel foi combinar em uma só solução tanto um plano de manejo que permita a retirada de mínimo impacto das plantas aquáticas e consequente melhoria da qualidade da água, quanto uma forma de economia circular sustentável e verde para as hidrelétricas, com a valorização da biomassa a transformando em um produto, o biocombustível.
Investimento
Para o projeto, foram destinados cerca de R$ 4,6 milhões, dos quais 25% dos recursos são provenientes do investimento do MCTI e EMBRAPII, 25% da Unidade EMBRAPII SENAI e 50% da CTG Brasil. “A contrapartida da EMBRAPII foi decisiva para a viabilização desse projeto, pois fez com que o projeto fosse mais atrativo financeiramente”, explica a chefe de pesquisa da Unidade EMBRAPII - ISI Biomassa, Layssa Okamura,
O projeto deve durar cerca de três anos e meio dada sua elevada complexidade, porque o ponto de partida é uma biomassa bastante heterogênea e o ponto final um óleo biocombustível líquido padronizado de qualidade para uso nos motores da própria empresa de geração de energia hidrelétrica.
O projeto está sendo exposto no estande da EMBRAPII, no 9o Congresso Brasileiro de Inovação Industrial, em São Paulo.
Sobre a EMBRAPII
A EMBRAPII é uma Organização Social com Contrato de Gestão com os Ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Educação (MEC) e Saúde. A instituição garante com recursos não reembolsáveis parte do valor total do projeto da empresa que deseja inovar. Para viabilizar o desenvolvimento, coloca à disposição 76 Unidades EMBRAPII (distribuídas pelo país), centros de pesquisa de ponta credenciados na rede de inovação. Mais de 900 empresas já receberam este apoio totalizando o desenvolvimento de mais de 1.500 projetos com mais de R$ 2 bilhões em investimentos.
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