O papel da agtech animal na garantia da segurança alimentar e da sustentabilidade no agronegócio
Tecnologias são fundamentais no processo de transformação da pecuária de corte no Brasil
Quando se pensa em produção de gado no Brasil, a tendência é não relacioná-la com a sustentabilidade. Mas uma nova forma de se fazer pecuária de corte vem sendo desenhada para aliar lucratividade e responsabilidade socioambiental, mas isso só é possível quando a equação integra tecnologia e inovação, focadas em transformar a atividade em benefício do produtor rural, da segurança alimentar e, sobretudo, do planeta.
Para mostrar o importante papel das agtechs nesse cenário, o CEO da BovExo, Paulo Dancieri palestrou durante o XII Foro Internacional Ganadero, realizado na Expo Agrofuturo entre os dias 24 e 26 de novembro, em Medelin, na Colômbia, que teve como tema “Ganaderia Cosciente” e discutiu os aspectos da pecuária consciente.
Dancieri chamou a atenção para o aumento, nos últimos dois anos, da fome aguda no mundo em decorrência dos efeitos da pandemia por Covid-19 à economia dos países, e o desafio que o Brasil tem à frente para produzir mais alimentos de forma sustentável e economicamente viável.
Desafio da pecuária brasileira
O país possui hoje um rebanho na casa dos 213 milhões de cabeças de gado, distribuídos em 192 milhões de hectares, com densidade de 1.6 animais para cada hectare. Além disso o abate anual é de 20,3% desse total de animais, que geram 10,2 milhões de toneladas de carne e emite-se cerca de 43 kg CO2eq para cada 1 kg de peso vivo ganho pelo animal. Para o CEO, o Brasil tem potencial para duplicar os dados produtivos em 10 anos - até triplicar alguns, e reduzir a emissão de gases para 23 kg CO2eq/kg PV3, tudo com a ajuda da tecnologia.
Como exemplo, ele cita que na última safra, 30% das 637 fazendas estudadas não chegavam a R$ 200,00/ha/ano. Por outro lado, os 10 mais rentáveis faturaram R$ 2.000,00/ha/ano. Em média, ganham menos de 6% do valor do gado, podendo ganhar mais de 30% (Benchmarking Inttegra, 2021). A diferença entre esses dois extremos é a tecnologia.
Diante disso, a BovExo trouxe uma ferramenta que, através do suporte para as melhores tomadas de decisão, ajuda o pecuarista a sair da média e entrar para o time dos pecuaristas 10 vezes mais lucrativos. Isso só foi possível, segundo Dancieri, porque a ferramenta entendeu quais eram as variáveis que representavam, de fato, entre 75 e 80% do potencial de geração de valor da pecuária de corte para ajudar o produtor rural a chegar na melhor equação para a realidade da sua propriedade.
“O que a BovExo faz é correlacionar as variáveis de dentro da porteira, como raça, sexo, condição corpórea, se é macho ou fêmea, clima, solo, as diversas alternativas que o pecuarista tem de dieta, entre outros, que são os aspectos que mais têm peso diretamente na margem de lucro, com a variável externa que é a curva de preço”, detalha Dancieri.
O CEO acrescenta que tudo isso é feito ao mesmo tempo em que há a identificação de estratégias para diminuição do desflorestamento e redução da pegada carbônica, incluída em seus algoritmos. “Além de fazer recomendações de dietas que otimizem a margem de lucro, a ferramenta também poderá indicar quais opções ajudam a reduzir as emissões de CO2 equivalente pelo rebanho”.
“O carbono poupado vale dinheiro na bolsa de créditos de carbono e por isso entra como uma fonte de receita na equação do pecuarista. A BovExo conseguiu provar que fazer uma pecuária mais sustentável é, além de possível, lucrativo”, finaliza Dancieri.
Sobre a BovExo
Uma plataforma inovadora com algoritmos precisos, conhecimento zootécnico e indicadores de performance que auxiliam o pecuarista na comparação de cenários, tomada de decisões e resolução e problemas. Criada por profissionais que conhecem a fundo a pecuária brasileira e por especialistas em tecnologia.
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