Carne orgânica do Pantanal terá destaque no Cata Guavira 2022
Chef Edu Rejala fará churrasco com diferentes cortes bovinos em Bonito
Evento gastronômico, com sabores do Cerrado e Pantanal, que preza pela sustentabilidade e origem dos produtos, nesta edição de 2022, além dos pratos veganos, terá a proteína orgânica do Pantanal no cardápio. O Cata Guavira, evento tradicional no calendário sul-mato-grossense, acontecerá entre 22 e 27 de novembro, na cidade de Bonito.
A carne oferecida no evento (Biocarnes) tem origem no Pantanal, de propriedades rurais associadas à ABPO – Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável. “O diferencial dessa proteína, facilmente encontrada pelo consumidor em Campo Grande, está nos processos de criação, nutrição e manejo dos animais. As propriedades cumprem exigências relacionadas ao social, ambiental e ao sistema produtivo. Já os animais se desenvolvem de forma muito natural, com critérios de bem-estar e sem produtos químicos ou sintéticos na sua nutrição e vastos cuidados sanitários”, explica o presidente da ABPO, Eduardo Cruzetta.
Eduardo Cruzetta, que é agrônomo e pecuarista no Pantanal transmitirá a mensagem da ABPO durante o curso de Agroflorestas, que acontecerá na próxima terça-feira (23). Ele abordará o sistema produtivo, aprimorado durante os últimos anos e que terá papel relevante para os novos tempos da agropecuária tropical. “Queremos mostrar um pouco mais da origem dessa carne que poderá ser consumida no evento e forma como nosso trabalho se sobressai. Dedicamo-nos a aplicar conceitos modernos à pecuária tradicional, levando em conta responsabilidade social e princípios ecológicos, além da cultura do pantaneiro, uma das maiores riquezas do bioma", completa o presidente da ABPO.
O premiado chef Edu Rejala terá parceria com o chef gaúcho, Gregory Lemos, e serão responsáveis pelo preparo da proteína no Cata Guavira. No almoço do dia 23, será feito um churrasco com os cortes: fraldinha, capa do colchão mole, ancho e chorizo. Já no dia 27, na praça de Bonito, eles servirão o choripan, famoso sanduiche argentino, com linguiça orgânica, com e sem pimenta, no minipão francês, chimichurri e catchup de guavira.
“No meu ponto de vista, a termo "carne orgânica" ainda remete a um produto de alto custo. Precisamos mudar esse conceito. Muitos já me questionaram quanto ao sabor. Sinto que as pessoas têm dúvidas se haverá diferença das carnes no paladar. Somos curiosos por natureza”, relata o Edu Rejala.
“Em modo geral as pessoas querem degustar uma carne gostosa, macia e saborosa. Atrelar o sabor, à qualidade e à origem é o caminho. Nós, cozinheiros, prezamos por procedência. Brinco dizendo que: "não sou Jesus Cristo, não faço milagres”, para chegar neste resultado satisfatório do prato, preciso de produtos de qualidade e procedência”, explica o chef. “O ato de cozinhar, preparar um alimento e servir para o próximo, está totalmente atrelado a sua paz, amor e carinho. Independente se o cliente sabe ou não, preparar, oferecer um prato onde os alimentos foram produzidos com boas práticas e sustentabilidade fazem toda diferença”, completa.
A organizadora do Cata Guavira, Letícia Krause, chef formada no CIA – The Culinary Institute of America – em Nova Iorque, acumula quase duas décadas de experiência, dentro e fora do país, e encontrou em Mato Grosso do Sul, seu maior apreço na cozinha, a guavira. “Chegamos ao formato desse evento por meio do CATA – Centro de Atenção e Técnicas com Alimentos. Nossa intenção é apresentar a versatilidade da guavira, mas também ressaltar a agricultura biodinâmica, conciliando tudo isso à saúde e filosofia, que devemos repassar ao público”, explica Letícia, ao convidar todos a participarem do Cata Guavira 2022.
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