Produção de açúcar no Centro-Sul deve cair 59%, aponta pesquisa da Platts
Estimativas de analistas sugerem produção de açúcar de 711,2 mil toneladas na segunda quinzena de outubro; esmagamento da cana deve registrar queda de 48,4% e ficar em torno de 13,9 milhões de toneladas
A produção de açúcar na importante região Centro-Sul do Brasil deve totalizar 711,2 mil toneladas na segunda quinzena de outubro, queda de 59% no ano. É o que mostra uma pesquisa com dez analistas da S&P Global Platts divulgada hoje (8).
De acordo com os analistas pesquisados, o esmagamento da cana está estimado entre 11,9 milhões de toneladas a 17,8 milhões de toneladas. A estimativa média era de moagem total de cana de 13,9 milhões de toneladas, queda de 48,4% no ano.
“O esmagamento da cana-de-açúcar deve apresentar uma redução na segunda quinzena de outubro em relação à primeira porque mais usinas encerraram a temporada e também porque a região teve forte precipitação”, disse um analista da S&P Global Platts Analytics. “As últimas semanas de moagem serão focadas na produção de etanol porque as usinas garantem o fornecimento do combustível para a longa entressafra e porque a produção premium de etanol está pagando mais que a produção de açúcar”.
O clima no Centro-Sul foi abaixo do ideal para a moagem durante a segunda quinzena de outubro, com uma estimativa de cinco dias perdidos pela chuva.
A proporção da cana utilizada para a produção de açúcar deve ser de 36,2%, ante 43,5% no ano anterior. Embora as usinas tenham aproveitado o prêmio mais alto que a produção de açúcar pagou pela maior parte de 2021, a produção de etanol agora está pagando um prêmio mais alto.
A produção total de etanol de cana-de-açúcar deve ser de 838,9 milhões de litros, uma redução de 44,6% em relação ao ano anterior.
A produção de etanol hidratado da cana é estimada em 455 milhões de litros, de acordo com a média das respostas dos analistas à pesquisa. Isso representa uma queda de 47,9% ano a ano. A produção de etanol anidro da cana na segunda quinzena de outubro é esperada em 376 milhões de litros, uma queda de 41% em relação ao ano anterior, de acordo com o levantamento.
A produção total de etanol de milho deve ser de 144 milhões de litros, um aumento de 12,5% em relação ao ano anterior. A produção de etanol hidratado é esperada em 95 milhões de litros, uma queda de 8,2% ano a ano, e a produção de etanol anidro de 49 milhões de litros, um aumento de 96% ano a ano.
A UNICA deve divulgar seus números oficiais de produção nos próximos dias.
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