Seis empresas saem na frente ao obter novo selo de funcionalidade para produtos adjuvantes agrícolas
Evento realizado em Jundiaí reuniu a coordenação do programa Adjuvantes da Pulverização, a direção geral do IAC e as companhias Agrocete, Apex Agro, Equilex Chemicals, Momentive Performance Materials, Thera Química e Vittia
O programa “Adjuvantes da Pulverização” conferiu a seis companhias, com origem no Brasil e no exterior, as seis primeiras certificações pelo novo Selo Oficial de Funcionalidade para Adjuvantes Agrícolas. Expedido pelo CEA – Centro de Engenharia e Automação -, do Instituto Agronômico (IAC), o selo assegura a confiabilidade de adjuvantes agrícolas produzidos no País e foi entregue, em solenidade oficial, às empresas Agrocete, Apex Agro, Equilex Chemicals, Momentive Performance Materials, Thera Química e Vittia.
“Adjuvantes da Pulverização” constitui uma iniciativa de caráter público-privada, coordenada pelo CEA-IAC, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP. O programa tem como meta, além de aumentar adesões ao selo de funcionalidade, desenvolver normas que respaldem um Sistema Oficial de Certificação para esses produtos, utilizados na preparação da calda nas aplicações de defensivos agrícolas. Ao contrário destes últimos, os adjuvantes não demandam registro nos órgãos reguladores da agricultura brasileira.
Durante o evento, na sede do CEA-IAC, na cidade de Jundiaí, o pesquisador científico Hamilton Ramos, coordenador do programa “Adjuvantes da Pulverização”, destacou a relevância do posicionamento das seis empresas beneficiadas pelo selo. “As companhias mostraram transparência e comprometimento com o agronegócio, ao submeter suas linhas de produtos às análises do laboratório do CEA-IAC, ao longo dos últimos dois anos”, disse.
Também participaram do encontro o diretor geral do IAC-SP, Marcos Landell, e representantes das companhias agora detentoras do selo de funcionalidade.
O executivo Marcos Aurélio Belle, da Momentive Performance Materials, uma das líderes do setor de adjuvantes, salientou que o selo traz inovação ao agro. “A inovação prospera na ruptura e a iniciativa do IAC tem o potencial de reformatar a relação entre a indústria e o produtor, permitindo mais integração e colaboração. A certificação deve acelerar o desenvolvimento de tecnologias genuinamente alinhadas com ganhos operacionais e de baixo impacto ambiental”, resumiu Belle.
Além de Belle, o executivo José Roberto Pereira de Castro falou em nome do Grupo Vittia, hoje um dos maiores produtores e distribuidores de insumos agrícolas do País.
Cooperativa e certificação – Presente entre as principais cooperativas agrícolas do País, a Coopercitrus firmou no evento um termo para estimular a certificação de funcionalidade de adjuvantes. Pelo acordo, a Coopercitrus indicará a fabricantes desses produtos que os avaliem no laboratório do CEA. A cooperativa informou ainda que passará a comercializar somente adjuvantes agrícolas reconhecidos pelo novo selo de funcionalidade.
Para o engenheiro agrônomo Celso José da Silva, consultor e responsável por adjuvantes na Coopercitrus, a parceria resultará em recomendações técnicas eficazes ao manejo de lavouras, abrangendo produtos, pragas e doenças. “Do lado da Coopercitrus, a parceria contribuirá para aumentar a qualidade da produção de nossos cooperados, sempre o objetivo principal da cooperativa.”
Hamilton Ramos, coordenador do programa “Adjuvantes da Pulverização”, revelou que o Centro de Engenharia do IAC propõe, há mais de vinte anos, a classificação de adjuvantes por funcionalidade. “A introdução do selo, e a adesão a este por parte dessas empresas, referenciadas no País, abre um marco tecnológico para a agricultura paulista e brasileira”, concluiu o pesquisador, também diretor do CEA-IAC.
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