De onde vem o camarão que consumimos? Primeiro capítulo da série "De Lá Pra Cá" apresenta o caminho das fazendas de criação até a mesa
Representantes da cadeia produtiva trazem informações sobre a atividade, de toda a jornada do camarão, em evento online, realizado no dia 19 de agosto
Das fazendas de criação até à mesa do consumidor, o camarão cultivado percorre uma jornada produtiva sustentável que exige controles rígidos de qualidade para garantir que o alimento chegue ao garfo de uma maneira saudável e segura. Essa foi a tônica do primeiro capítulo da série “De Lá Pra Cá – De onde vem o que consumimos”, realizada pelo Movimento Todos a Uma Só Voz. O evento foi transmitido pelo canal do YouTube do Movimento, no último dia 19 de agosto.
O primeiro episódio da série contou com a participação de três especialistas do setor de carcinicultura: o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC), Sr. Itamar Rocha, do Professor Doutor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, Dr. Rodrigo Carvalho e o produtor da empresa Tecnarão Tecnologia de Camarão, Marcos Aldatz, além do moderador, que também é coordenador e mentor do Movimento, Ricardo Nicodemos.
De acordo com o professor Carvalho, a aquicultura é uma atividade relativamente recente, mas que tem mostrado evolução constante em seus métodos produtivos como mudanças em relação à melhorias na qualidade da água e, consequentemente, no solo, facilidade no monitoramento dos animais por meio de sensores, avanços em termos de genética, além de inúmeras pesquisas acadêmicas sobre nutrição do camarão para deixá-lo mais saudável, regulando o seu metabolismo para adquirir mais imunidade.
“O processo produtivo do camarão começa na seleção da área de cultivo, passa pelas boas práticas de manejo, qualidade da água, nutrição e, na indústria, que deve seguir legislação rigorosa de conservação e monitoramento constante para que o alimento chegue ao consumidor final de forma saudável e segura”, explica Carvalho.
Envolvido com o camarão desde os 4 anos de idade, o produtor da empresa Tecnarão Tecnologia de Camarão, Marcos Aldatz, demonstrou, por meio de fotos, todo o ciclo na fazenda de engorda até a ida à indústria. “Em um primeiro momento, os camarões são colocados em tanques menores onde são alimentados com ração de qualidade e monitorados por funcionários capacitados que avaliam as condições dos animais. Nestes tanques, eles ficam até 30 dias. Depois dessa etapa, eles passam para os viveiros até atingirem o tamanho comercial em um período de 90 dias. A despesca é feita de forma bastante criteriosa até chegar na indústria. As engrenagens são bem alinhadas para garantir qualidade em todo o processo”, garante Aldatz.
Na indústria, o camarão também segue um rigoroso padrão de qualidade, onde os animais são lavados, separados, descascados, classificados e submetidos a uma técnica de congelamento rápido que mantém as propriedades alimentícias intactas para garantir a qualidade do alimento que chega às prateleiras. Um destes controles é garantido pelo selo SIF – Serviço de Inspeção Federal, um sistema do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA) que avalia a situação na produção de alimentos de origem animal.
Cenário nacional
Com muitos anos de experiência no setor, o presidente da ABCC apresentou um panorama geral da produção do camarão cultivado, uma espécie que tem tudo para ser destaque no cenário nacional, principalmente pelas boas condições climáticas e territoriais do Brasil. “Conheci muitos países produtores do camarão, sempre em busca de informação para trazer para o Brasil e conhecimento para que os produtores explorem a atividade, porque tem espaço de crescimento no mercado interno, gerando ainda mais renda, emprego de forma sustentável”, avalia Rocha.
Rocha ainda comentou que o camarão é um alimento saudável, possui proteína de alto valor nutricional, as chamadas proteínas completas, aquelas com todos os aminoácidos de que o corpo humano necessita.
“Foi uma conversa enriquecedora sobre o tema, com transmissão de conhecimento relevante e de qualidade, além de ter sido uma oportunidade para esclarecer mitos sobre a produção deste alimento saudável e que possui proteína de alto valor nutricional”, comenta Nicodemos.
O primeiro capítulo da série está disponível no link: https://youtu.be/pyZs4aA6K3g.
Sobre o Movimento “Todos a Uma Só Voz”
Lançado oficialmente em fevereiro de 2021, o Movimento Todos a Uma Só Voz surgiu para conectar toda a cadeia produtiva do Agro. Ele conta com a ajuda de diversas associações, empresas e profissionais que trabalham unidos em prol de gerar e disseminar conhecimentos de boa qualidade e estimular a empatia da população urbana pelo campo e pelos produtores e produtoras.
O Movimento tem o apoio institucional da ESALQ-USP, ABAG, ABAGRP, ABCC, ABIA, ABIARROZ, ABIEC, ABISOLO, ABITRIGO, ABMRA, ABPA, ABRAFRUTAS, ABRALEITE, AGROLIGADAS, AIPC, AMA BRASIL, ANDA, ANDAV, APROSOJARO, ASBRAM, CECAFÉ, CICARNE, CLIMATEMPO, CONGRESSO DAS MULHERES, FENEP, GRUPO MULHERES DO BRASIL (COMITÊ AGRONEGÓCIO), IBÁ, IBRAHORT, LIGA DO AGRO, MKT DO AGRO, PECEGE, SINDAN, SINDIRAÇÕES, SISTEMA OCB, SNA, YAMI. Tem o apoio comercial das empresas Agroline, Attuale, Coelho&Morello, Lamarca, RCom, RV Mondel, TrahLahLah e Companhia de Estágios. Tem diversos veículos de comunicação e o patrocínio da CropLife.
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