APAER e SAA discutem retomada do Microbacias para apoiar agricultores familiares
Projeto é parte das tratativas para revitalizar as Casas da Agricultura e do diálogo que vem sendo implementado pelo novo secretário de Agricultura de São Paulo, Itamar Borges
A Associação Paulista de Extensão Rural (APAER) se reuniu nesta terça-feira (22) com os representantes da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), mais conhecida como CATI, órgão de extensão rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), para discutir a implantação de uma nova etapa do Projeto Microbacias, do Governo do Estado, já realizado em duas versões. O tema é parte do projeto para revitalização das Casas da Agricultura, proposto pela APAER, e que foi debatido em reunião da entidade com o secretário Itamar Borges.
"O Microbacias III precisa aproveitar as lições aprendidas nas duas versões anteriores do projeto e melhorar a gestão das propriedades para conservar os patrimônios naturais", sinaliza Antônio Marchiori, presidente da APAER. "Por meio do trabalho de extensão rural será possível incentivar práticas mais sustentáveis de manejo, melhorando a eficiência das atividades agropecuárias e a renda das famílias agricultoras".
Nas versões anteriores, o Microbacias contou com investimentos de US$ 240 milhões do Banco Mundial, além de recursos do próprio Estado. Na primeira etapa, o foco foi a preservação ambiental, com ações voltadas para a conservação do solo e da água. O Microbacias II realizou ações para o acesso ao mercado e melhoria da renda de mais de 200 organizações de agricultores familiares, incluindo indígenas e quilombolas, além de incentivar diversas experiências de sistemas agroflorestais, inclusive em assentamentos rurais.
"Projetos que incentivam a participação, como aconteceu no Microbacias I e II, permitem uma maior aproximação entre o Estado e as lideranças rurais, trazendo para perto a realidade do campo e os caminhos para impulsionar o setor", afirma Ademir de Lucas, conselheiro da associação e professor de Extensão Rural na Esalq/USP.
Durante o encontro, a APAER reforçou pedido feito em reunião com Itamar Borges, no começo do mês, para que a revitalização da Secretaria esteja atenta para as diferenças regionais.
"Cada território tem uma vocação e as suas potencialidades poderão ser melhor aproveitadas se tiverem políticas públicas específicas de incentivo", diz Marchiori.
A entidade aponta como exemplo o litoral paulista, com mais de 500 quilômetros de costa e diversos recursos com potencial produtivo, como o fortalecimento da produção de pescado marinho e o incentivo a produção agroflorestal de frutas diversificadas, como o Cambuci e o fruto da palmeira Juçara – que possui uma polpa com valor nutritivo superior ao do açaí da Amazonia. "Além disso, o território litorâneo paulista tem inúmeras comunidades caiçaras, indígenas e quilombolas, que poderão ser melhor atendidas se a extensão rural pública for fortalecida na região", finaliza o presidente da entidade.
Áudio Release - Antônio Marchiori - presidente da APAER
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Áudio 1: "O Microbacias III precisa aproveitar as lições aprendidas nas duas versões anteriores do projeto e melhorar a gestão das propriedades para conservar os patrimônios naturais, e por meio do trabalho de extensão rural será possível incentivar práticas mais sustentáveis de manejo, melhorando a eficiência das atividades agropecuárias e a renda das famílias agricultoras".
Áudio 2: "Para as divisões regionais agrícolas do Estado de São Paulo é importante reconhecer as diferenças regionais. Cada território tem sua vocação e potencialidades, que poderão ser melhor aproveitadas se tiver políticas públicas específicas. No litoral paulista, a gente tem mais de 500 quilômetros de costa e diversos recursos com potencial produtivo, como o fortalecimento da produção de pescado marinho e o incentivo a produção agroflorestal de frutas diversificadas, como o Cambuci e o fruto da palmeira Juçara – que possui uma polpa com valor nutritivo superior ao do açaí da Amazonia. Reconhecer esta diferenças, inclusive sociais, porque o território litorâneo paulista tem inúmeras comunidades caiçaras, indígenas e quilombolas, que poderão ser melhor atendidas se a extensão rural pública diferenciado"
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