Pequeno produtor pode resistir mais à estiagem prolongada, afirma especialista da ESPM
Medidas de economia hídrica são mais fáceis em propriedades menores
Os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul podem ser atingidos por uma forte seca entre os meses de junho e setembro, de acordo com o Sistema Nacional de Meteorologia (SNM). O alerta meteorológico não preocupa somente o setor de energia, mas também os produtores do agronegócio dos cinco estados.
Para Keli Pereira de Oliveira, professora do Master em Gestão e Marketing do Agronegócio da ESPM Porto Alegre, a escassez hídrica atingirá todos os portes de produtores. “Tanto pequenos quanto grandes produtores estão preocupados com o longo período previsto para a seca. A quebra de safra pode ser grande, em especial nas maiores propriedades. A produção dos cinco estados está historicamente baseada em commodities, em especial na soja, milho, cana de açúcar, café, leite e carne”, afirma Keli.
De acordo com a especialista da ESPM, porém, os pequenos produtores têm vantagem comparados aos grandes, em períodos de estiagem. “Para o pequeno, é mais viável implementar medidas para poupar água. Por exemplo, utilizar irrigação por gotejamento, armazenamento em cisternas e reaproveitamento. Em grandes propriedades, que utilizam pivôs de irrigação, isso é muito mais custoso. O ideal é que todos os portes de produtores adotem ações anteriores aos alertas de estiagem", diz.
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