Fungos e bactérias podem prejudicar o motor do trator
Agritech reforça que o uso e armazenamento do óleo diesel deve ser feito com cuidado, para prevenir a proliferação de microrganismos que danificam o sistema de alimentação do equipamento
O mercado brasileiro possui diferentes níveis de qualidade de óleo diesel (S10 e S500) e, além disso, há o acréscimo de biodiesel que vem sendo adicionado ao diesel, o que traz resultados positivos, pois amplia a matriz energética do Brasil ao trazer uma fonte renovável de origem vegetal ou animal, auxiliando no processo de redução dos níveis de emissões de enxofre.
Entretanto, o diesel tem características higroscópicas, ou seja, possui uma grande facilidade para absorção de água, que é extremamente prejudicial para os motores dos equipamentos agrícolas, pois gera corrosão nas bombas de combustível, sistema de injeção, bicos injetores, válvulas e componentes em geral do sistema de alimentação do motor.
Segundo pesquisa desenvolvida pelo Departamento de Engenharia Metalúrgica da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), essa corrosão não é devida a qualidade do óleo diesel, mas causada pela água presente no combustível, além das condições do armazenamento, que proporciona ataque microbiológico mais intenso, aumentando a quantidade de sedimentos. A pesquisa mostra ainda que os fungos e bactérias se alimentam, em parte, do próprio diesel e se reproduzem na interface entre a água e o óleo, produzindo substâncias corrosivas e tornando a água mais ácida.
“A contaminação do óleo diesel pode ocorrer de três formas: pela qualidade ou procedência do combustível comprado, pelo armazenamento incorreto ou pelo combustível que fica parado no equipamento, sem ser utilizado. As consequências dessa contaminação podem ocasionar o travamento do sistema de injeção do trator”, explica o técnico de pós-vendas da Agritech, Jones Neris.
O técnico reforça que tudo isso pode ser evitado, desde que as manutenções periódicas sejam realizadas com frequência, cuidando da máquina e seguindo as orientações técnicas de cada equipamento.
Manutenção diária
Em primeiro lugar, para evitar a presença de água no diesel, é fundamental que antes de dar partida no trator o operador esgote a água presente no filtro separador (pré-filtro), e observe sempre o anel de coloração vermelha. "Se o anel estiver boiando é um indicador da presença de água no combustível", diz Jones.
Cuidados com o armazenamento
O óleo diesel deve ser preferivelmente armazenado e consumido durante o período de 30 dias, conforme o Manual da ANP de Armazenamento de Manuseio de Óleo Diesel, sendo o limite de 90 dias (mesmo com o aditivo/bactericida), conforme o Manual da Petrobras. O armazenamento por longo prazo torna o ambiente propício à proliferação de microrganismos e ao se proliferar, essas colônias geram uma borra escura, com mau cheiro, que causa a alteração na coloração do óleo, além do entupimento e danos ao sistema de injeção.
De acordo com o técnico de pós-vendas da Agritech, os produtores que possuem tanque de armazenamento na propriedade precisam ficar atentos com a posição do mesmo, que deve ser instalado com uma inclinação para o lado contrário ao de captação do óleo combustível. “Esse processo evita que os sedimentos e contaminantes sejam succionados e facilita a limpeza dessas impurezas. Além disso, o tanque deve ser protegido do sol”, orienta Jones.
Quando armazenado em tambores de menor capacidade, o recomendado é instalar uma torneira no lado mais baixo, para realizar a limpeza do tanque, e uma torneira no ponto mais alto, que será a fonte para abastecimento. “É importante não deixar o combustível parado no tanque do trator. Nós, da Agritech, indicamos que esse óleo seja consumido com regularidade, pois quando inativo se deteriora. Ao final de um dia de trabalho, é preciso reabastecer a máquina para evitar o processo de condensação e manter o tanque de combustível do trator vedado com a tampa original, impedindo a entrada de poeira ou contaminação”, reforça Neris.
Prevenção
Os tratores da Agritech já saem de fábrica com o aditivo industrial que possui ação bactericida e biocida, esse produto é incorporado ao diesel no tanque de armazenamento da fábrica, fonte do primeiro abastecimento do trator. O aditivo atua prevenindo a oxidação e degradação das propriedades do combustível enquanto armazenado ou em utilização no trator, o que permite ao Diesel ser capaz de suportar longos períodos de armazenamento e também as altas temperaturas e pressões geradas no sistema de injeção. Além disso, por possuir ação biocida, ele elimina microrganismos presentes no combustível, impedindo gastos desnecessários com manutenção. Porém, mesmo com o uso do aditivo é necessário considerar o prazo para consumo regular do diesel.
“O produtor deve sempre observar o sistema de injeção do trator, que não deve apresentar vazamento, e realizar sua manutenção periódica conforme recomendado pela fábrica. Seguindo essas orientações, o desempenho do trator será maior, a vida útil do motor será prolongada e a emissão de poluentes reduzida”, finaliza Jones.
Sobre a Agritech
A Agritech Lavrale – Divisão Agritech é pioneira na indústria brasileira ao fabricar linhas de tratores, microtratores e implementos agrícolas voltadas para a agricultura familiar. No final de 2014, a empresa atingiu a marca de 100 mil tratores produzidos pela sua fábrica, em Indaiatuba (SP). A Agritech faz parte do Grupo Stédile e surgiu com a cisão da Yanmar do Brasil. O Grupo Stédile, de Caxias do Sul (RS), é um dos mais respeitados conglomerados industriais do Brasil e engloba a empresa Agrale S.A.
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