Mulheres do agro são heroínas da Pandemia, diz presidente da Faesp
Força e competência das mulheres do agronegócio evidenciam a premência de se avançar, em todos os setores, no combate ao preconceito e à desigualdade salarial
Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, Fabio Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), salienta a "participação das produtoras rurais no enfrentamento da Covid-19, com muito trabalho, resiliência e correndo riscos para manter o abastecimento, a cadeia de suprimentos de alimentos e de todos os produtos que a terra provê à agroindústria, à energia e à população como um todo".
Para Meirelles, "as mulheres do agro, assim como todas as pessoas que atuam no setor, estão entre as heroínas brasileiras nesta pandemia e devem ser reconhecidas pelo seu empenho e dedicação ao trabalho, dos quais todos nós temos dependido, como nunca, para sobreviver e vencer a grave crise". Por isso, enfatiza "é gratificante observar que a presença feminina é cada vez mais expressiva em nosso setor", citando o último Censo Agro, divulgado em outubro último: no Brasil, há 946,1 mil mulheres que trabalham como produtoras, o que representa 19% do total, seis pontos percentuais acima dos 13% registrados em 2006.
Além disso, o Censo Agro 2017, que havia pesquisado pela primeira vez o compartilhamento de direção nas propriedades rurais, apontou a existência de 1.029.640 estabelecimentos cuja gestão é dividida pelo casal. O número representa 20% do total.
"Os dados demonstram com clareza a importância da participação feminina no agronegócio brasileiro", frisa o presidente da Faesp, afirmando: "A força, competência, obstinação e resiliência demonstradas pela mulheres que atuam no agronegócio são valores que reforçam muito a necessidade de que se vençam, em todos os setores de atividade, o preconceito, a discriminação e a desigualdade salarial".
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