Coriza infecciosa e seus impactos na avicultura
Responsável por grandes prejuízos econômicos, a doença pode acometer poedeiras, reprodutoras e frangos de corte
Um problema causador de grande impacto econômico na avicultura, mas ainda pouco discutido no setor é a coriza infecciosa, doença que acomete, principalmente, poedeiras e reprodutoras. Para se ter ideia do prejuízo gerado pela enfermidade, estima-se que a produção de ovos pode apresentar uma queda de até 40% nos lotes de poedeiras contaminadas
Em 2019, relatos mais graves da enfermidade foram vivenciados nos Estados Unidos. Granjas de poedeiras comerciais e de frangos de corte tiveram de arcar com a queda da produção de ovos, que chegou a 43% em alguns casos, e com o aumento de 16% da taxa de mortalidade, respectivamente, em algumas propriedades.
Aqui no Brasil, observamos a ocorrência da doença não somente em aves de vida longa, mas também em frangos de corte, em algumas regiões. “Não podemos negligenciar o problema. Boas práticas de manejo associadas a um rigoroso protocolo vacinal são fundamentais para prevenir e conter a coriza e outras enfermidades nas aves”, reforça o médico-veterinário Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves da Zoetis.
Altamente contagiosa, a coriza é causada pela bactéria Avibacterium paragallinarum. A doença, que afeta, na maior parte dos casos, o trato respiratório superior das aves, é transmitida de forma horizontal, após o contato direto entre aves contaminadas e saudáveis. Insetos, água, ração e fômites contaminados também são importantes fontes de transmissão.
Os sinais clínicos da coriza em frangos de corte costumam aparecer a partir da terceira semana de vida e são muito semelhantes aos descritos também para aves de vida longa – apatia, queda no consumo de água e ração, descarga nasal, conjuntivite, edema facial e mortalidade.
A presença de infecções concomitantes decorrentes de outros agentes patogênicos (E.coli, micoplasmas, vírus da bronquite infecciosa, da laringotraqueíte, da pneumovirose e outros) pode levar a um agravamento do quadro clínico. Odor fétido, aerossaculite e aumento da mortalidade são observados nessa condição, que passa a ser chamada de coriza infecciosa complicada.
“Uma característica importante dessa bactéria é que ela dificilmente sobrevive fora do hospedeiro, o que facilita o seu controle no ambiente por meio de medidas eficientes de manejo, como vazio sanitário adequado, limpeza e desinfecção”, diz Antonio Neto, Assistente Técnico de Aves da Zoetis.
Ainda de acordo com o especialista, a proximidade com granjas de postura ou até mesmo com aves fundo de quintal é a principal fonte de infecção para granjas de corte que não seguem medidas de biosseguridade e manejo adequado.
Vacinação
A melhor ferramenta de prevenção da doença é a imunização das aves. “Consideramos um processo de vacinação assertivo quando as vacinas são escolhidas de acordo com os desafios de campo presentes, quando são preparadas corretamente, seguindo as boas práticas, e aplicadas em locais de eleição, idade e doses corretos, além do apoio de uma equipe bem treinada”, enfatiza Neto.
Para o problema, a Zoetis conta com duas soluções – Coriza Gel-3 e Poulvac Mix-6. Uma vacina em emulsão aquosa e outra oleosa, respectivamente, que permitem tanto uma aplicação precoce e segura como a aplicação pouco antes da produção de ovos. Ambas possuem os sorotipos A, B e C, que trazem o benefício de uma ampla proteção frente aos desafios de campo.
Sobre a Zoetis
Zoetis é uma companhia global líder em saúde animal, dedicada aos clientes e seus respectivos negócios. Com um legado de mais de 60 anos de história, a Zoetis descobre, desenvolve, fabrica e comercializa vacinas e medicamentos veterinários, complementados por linhas de produtos para diagnósticos, testes genéticos e diversos serviços. A Zoetis trabalha continuamente com veterinários, produtores e pessoas que criam e cuidam de animais de produção e de companhia em mais de 100 países, com mais de 10 mil funcionários. Em 2019, obteve faturamento de US$ 6,3 bilhões.
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