Plataforma online auxilia na adequação ambiental das propriedades rurais
No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta sexta-feira (5), a Embrapa Cerrados destaca as funcionalidades do WebAmbiente (webambiente.gov.br), sistema de informação de acesso gratuito que apoia produtores rurais e técnicos nas tomadas de decisão quanto a medidas para adequação ambiental da paisagem rural, com informações sobre as espécies nativas e as estratégias de recuperação recomendadas para cada situação da propriedade.
Lançada em 2018 pela Embrapa, pelo Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e desenvolvida em cooperação com especialistas de instituições parceiras, a plataforma tem auxiliado no cumprimento das exigências do Novo Código Florestal e na elaboração dos projetos de recomposição de áreas alteradas e degradadas (PRADA) submetidos aos Programas de Regularização Ambiental (PRA), políticas públicas estaduais de meio ambiente.
A plataforma conta com um Simulador de Recomposição Ambiental que, ao ser alimentado com informações básicas sobre a propriedade, fornece sugestões específicas para a recuperação da área em questão, com base nas diferentes estratégias de recomposição disponíveis, além de uma lista de espécies que poderão ser utilizadas na adequação ambiental. O simulador também gera relatórios que podem ser baixados e impressos.
Além disso, o usuário tem à disposição o maior banco de dados de espécies vegetais nativas (atualmente com 782 registros) já elaborado para os seis biomas brasileiros, um glossário com 164 termos e respostas a perguntas frequentes sobre o WebAmbiente, a Lei de Proteção de Vegetação Nativa (LPV) e as categorias de áreas previstas para propriedades rurais, bem como sobre o Cadastro Ambiental Rural.
O WebAmbiente reúne ainda um acervo de conteúdos que podem ser baixados na Biblioteca Digital, onde são apresentadas experiências, ou seja, estudos específicos em recuperação de áreas degradadas nos diferentes biomas, tipos de áreas a serem recuperadas de acordo com a Legislação, tipos de estratégia e técnicas de recuperação; manuais e guias sobre como realizar uma recomposição de uma área degradada; além de outros conteúdos, tais como publicações e vídeos que apoiam a recuperação de uma área degradada.
Participante do desenvolvimento e da manutenção da plataforma, o pesquisador Felipe Ribeiro ressalta a importância do meio ambiente para a vida no planeta e para a agricultura e observa, por outro lado, que a degradação dos recursos naturais vem ocorrendo ao longo da história humana. “Assim, é com muita responsabilidade que, neste Dia Mundial do Meio Ambiente, destacamos a ferramenta WebAmbiente. Não é apenas o maior banco de dados de espécies nativas para recomposição ambiental disponível para a sociedade, mas também traz várias referências sobre como fazer essa restauração”, afirma.
O pesquisador acrescenta que a plataforma vai ajudar o produtor a recompor os ambientes de acordo com as condições informadas sobre a área. “Não adianta termos uma legislação ambiental se não sabermos recompor os ambientes degradados, e o WebAmbiente serve para esse fim em todos os biomas do Brasil”, diz, destacando que o WebAmbiente já tem mais de 60 mil acessos e mais e 3 mil usuários cadastrados.
Ribeiro informa que o WebAmbiente também será usado em outras iniciativas, como o Projeto Paisagens Rurais, no qual mais de 200 técnicos, em parceria com o Senar, o Serviço Florestal Brasileiro e o MAPA, deverão aplicar a plataforma para a recomposição em mais de 4 mil propriedades rurais do Bioma Cerrado que desenvolvem atividades pecuárias e apresentam algum nível de degradação nas áreas naturais de Reserva legal e de Proteção Permanente.
Assista à palestra do pesquisador sobre coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes de espécies nativas do Cerrado, durante a Agrotins 2020 100% Virtual. A feira foi realizada de 27 a 29 de maio, totalmente via internet. Grande parte das informações apresentadas são encontradas no WebAmbiente.
O trabalho de elaboração do WebAmbiente teve a contribuição de oito centros de pesquisa da Embrapa, além de universidades e órgãos ambientais. Saiba mais aqui.
Acesse também a página da Embrapa sobre o Novo Código Florestal, com diversas informações sobre recuperação ambiental.
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