Goiás é tech!
Mercado do agronegócio pujante e inovações tecnológicas têm transformado os investimentos no Estado, abrindo uma porta para o mundo das startups
A estimativa da safra de grãos em Goiás para 2019/2020 promete bater recorde com 24,2 milhões de toneladas, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Estado deverá produzir 11,7 milhões das 121,1 milhões de toneladas de soja no Brasil. Com o mercado agro pujante, o empreendedorismo local tem se transformado devido ao crescente avanço da tecnologia, a valorização da informação e a inovação.
Goiás também é o segundo estado com maior número de startups no Centro-Oeste, com 21,1% do total, segundo mapeamento da ABStartups - fica atrás somente do Distrito Federal. O número coloca o Estado em destaque e na mira de investimentos, que serão intensificados pelo agronegócio segundo Marcos Alberto Bernardo Campos, fundador do Gyntec Academy.
“O agronegócio será um dos setores que terão maiores demandas por inovação em Goiás em 2020. A tecnologia é meio, e não fim”, frisa Marcos, que acrescenta ainda que haverá uma retomada da economia neste ano e estas startups estão organizadas para crescerem. De acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups) 70% do território nacional tem startups no setor de agronegócios e 37% dos estados brasileiros têm mais de 3 agrotechs.
Para falar sobre o mercado agrotech, foi realizado nos dias 4 e 5 de março o II Innovation Day, evento que discutiu e apresentou as novidades do mercado à empresários e investidores. O evento foi promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Gyntec Academy Powered by StartSe, Hub Conexa e Venture Hub. Este é o primeiro de vários eventos que terão a parceria da Gyntec Academy e Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia e Informação em Goiás (Assespro/GO).
Para José Eduardo Azarite, vice-presidente de Corporate Innovation da Venture Hub, maior aceleradora de startups e inovação corporativa de Campinas, Goiás tem um movimento pulsante de possibilidades de se fazer negócios no agronegócio. “Aqui tem muito produtor com necessidades, um verdadeiro laboratório vivo de validação de hipóteses e produtos para esse segmento. Vejo grandes possibilidades neste ecossistema”, ressaltou o empreendedor que foi um dos convidados para meetup.
Marcos Bernardo destaca que a Faeg tem trabalhado na criação de uma comunidade com a massa crítica de grande penetração no interior do Estado através do relacionamento com pecuaristas e agricultores para abrir mercado para as startups. “Goiás é um dos líderes nacionais do agrotech e estamos trabalhando para que haja um intercâmbio entre Goiânia e Campinas. Temos muito o que crescer juntos, pois Campinas é berço Programa de Especialização Docente no Brasil. Juntos temos muito para crescer e tornar Goiás um dos líderes nacionais do agrotech”, afirma.
Azarite ressalta que a parceria entre o ecossistema de Campinas e Goiás está em fase de namoro. “Sempre digo que essas coisas se concretizam quando o ecossistema está com uma visão de fazer negócios bons para todas as partes. Estamos aqui em Goiânia analisando junto com o Gyntec e outros parceiros a possibilidade de se construir um ecossistema forte para fazer negócios”, frisa.
A parceria prevê a vinda para o Estado dos programas e as metodologias de aceleração da Venture Hub. A ideia, segundo José Eduardo, é ter novos empreendedores e empreendimentos disruptivos que possam de fato fazer diferença no mercado global agrotech.
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