Quais são os problemas mais comuns de acessibilidade no Brasil?
Vivemos em um país que, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, possui mais de 17 milhões de pessoas que convivem com alguma deficiência ou limitação. Mais que barreiras físicas, essas pessoas enfrentam dificuldades até mesmo no mundo digital, como apontou um estudo criado pelo Movimento Web Para Todos (MWPT) em conjunto com BigData Corp. Dos 21 milhões de sites ativos no país até 2022, quando a pesquisa foi divulgada, somente 0,46% estavam realmente preparados para ofertar acessibilidade total.
Com menos de 1% da web brasileira acessível para esse contingente de pessoas com deficiência, o desafio de criar ambientes digitais mais acessíveis é uma verdadeira cruzada tecnológica, na análise de Boby Vendramin, Diretor de Marketing e Mídia LATAM na Purple Lens:
“São diversas modalidades de deficiência, então de nada adianta uma página criar uma solução para ajudar internautas com problemas de audição e ignorar quem tem algum problema de visão. É como um cobertor curto que protege os pés deixando a cabeça de fora”.
Para pessoas com deficiência auditiva, o site precisa ser capaz de atender quem não consegue ouvir sons de forma completa ou total, no caso de surdez permanente:
“Os sites utilizam recursos auditivos e fica impossível compreender conteúdos de áudio. Estamos falando de vídeos, podcasts, videoconferências e até mesmo chamadas na web. A solução é simples quando se instala um plugin de acessibilidade que tenha recursos para auxiliar na compreensão do que está sendo divulgado”.
O mesmo acontece quando há deficiência visual parcial ou total, a cegueira. Não conseguir enxergar com clareza detalhes da página prejudica, inclusive, compras e contratações de serviços online.
Deficiências que envolvam limitações da motricidade são ignoradas por muitas páginas. É comum os sites entenderem deficiência auditivas e visuais como sendo as únicas que merecem uma atenção especial - isso quando o fazem:
“É a falta de controle de movimentos do corpo que limita o uso de teclados e mouses, por exemplo. A navegação fica mais complicada pela falta de motricidade fina. Sites que não se preocupam com essa questão dificultam completamente qualquer navegação de pessoas que não conseguem movimentar os dedos normalmente, por exemplo”.
Quando se fala em problemas neurológicos, o universo é mais amplo por englobar diversas condições que realmente impactam negativamente a parte cognitiva de uma pessoa. Abusar de cores e luzes intensas é grave para pessoas que tenham algum problema neurológico a ponto de sofrerem ataques de epilepsia:
“Neste caso, o acesso e a compreensão completa de informações online se torna um martírio quando os sites adotam linguagens com muitos elementos visuais interessantes, como GIFs animados e muitas cores. A acessibilidade não pode fazer com que esses elementos mais intensos sejam desativados, evitando problema mais sérios” completa Boby.
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