Pesquisadores do MackGraphe têm artigo publicado na Science Advances sobre o desenvolvimento de uma técnica que permite colocar átomos de ouro individuais sobre uma superfície
Estudo foi desenvolvido em colaboração com pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA)
Os pesquisadores do Instituto Mackenzie de Pesquisas Avançadas em Grafeno e Nanotecnologias (MackGraphe), e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais e Nanotecnologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Christiano de Matos, Camila Maroneze e Leandro Seixas, tiveram o artigo "Spontaneous chemical functionalization via coordination of Au single atoms on monolayer MoS2" (Funcionalização química espontânea via coordenação de átomos isolados de Ouro (Au) sobre monocamada de MoS2, em português) divulgado pela Science Advances, importante revista científica publicada pela American Association for the Advancement of Science (Associação Americana para o Avanço da Ciência, em português).
O estudo foi realizado em colaboração com pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA), e contou com apoio da FAPESP, CAPES-Print, e INCT Nanocarbono. A proposta da pesquisa é o desenvolvimento uma nova técnica que permite manter átomos de ouro isolados e imobilizados, em condições ambientes, sobre a superfície de um cristal de dissulfeto de molibdênio (MoS2), um material bidimensional como o grafeno.
De acordo com o prof. Christiano de Matos, "esse processo é extremamente difícil visto que, em condições ambientes os átomos de ouro tendem a se aglomerar. O ouro é um metal nobre, com variadas qualidades bastante atraentes, como uma excelente condutividade elétrica e uma enorme resistência à oxidação. Já se sabe há algum tempo que, a medida em que se reduz o tamanho de uma esfera desse metal para um tamanho de poucos bilionésimos de metro (ou nanômetros), suas propriedades óticas e elétricas se alteram significativamente. No entanto, a demonstração de total controle sobre esse material requer a capacidade de se imobilizar átomos isolados".
Com a técnica apresentada no estudo, este controle foi demonstrado tanto por métodos computacionais como em laboratório, o que levou a uma melhora do desempenho de dispositivos eletrônicos. O controle na obtenção de materiais bidimensionais com átomos metálicos em sua superfície promete, ainda, diversas outras aplicações interessantes, em áreas como biomedicina, sensoriamento químico, catálise e fotônica.
Para o professor de Matos, a publicação é muito positiva para a imagem do MackGraphe, do Mackenzie, e para a UPM, já que "se trata de uma revista de grande prestígio internacional, sendo do mesmo grupo da revista Science, e que reforça a posição da Instituição no cenário da produção científica na área de nanomateriais", conclui.
O especialista está à disposição para comentar o assunto.
Sobre o MackGraphe
Fundado em 2013, o MackGraphe é um instituto de pesquisa, desenvolvimento e inovação especializado em grafeno e materiais bidimensionais, formado por pesquisadores e alunos da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Localizado em São Paulo-SP, tem por objetivos gerar conhecimento, formar pessoal técnico qualificado e desenvolver projetos de PD&I com o setor produtivo, atuando nas áreas de nanomateriais, nanotecnologia, caracterização avançada, gestão e mercado, através de encomendas tecnológicas e prestação de serviços.
Sobre o Instituto Presbiteriano Mackenzie
É uma instituição educacional privada, confessional e sem fins lucrativos. Desde sua fundação, a Instituição é agente de uma série de inovações pedagógicas e acompanha e influencia o cenário da educação no país. Um de seus principais objetivos é formar cidadãos com capacidade de discernimento, com critérios e condições para fazer a leitura do mundo em que vivem, a partir de valores e princípios eternos, e que sejam aptos a intervir na sociedade.
Ao longo de sua existência, implantou cursos com o objetivo de abranger novas áreas do conhecimento e acompanhar o progresso da sociedade com intensa participação comunitária. Tornou-se reconhecido pela tradição, pioneirismo e inovação na educação, o que permitiu alcançar o posto de uma das mais renomadas instituições de ensino, entre as que mais contribuem para o desenvolvimento científico e acadêmico do País. Como entidade confessional, promove o desenvolvimento de cidadãos que sejam solidários, responsáveis e busquem a Deus em seus caminhos.
O Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) é a entidade mantenedora e responsável pela gestão administrativa da Universidade Presbiteriana Mackenzie nos campi São Paulo, Alphaville e Campinas, das Faculdades Presbiterianas Mackenzie em três cidades do País: Brasília (DF), Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ), bem como das unidades dos Colégios Presbiterianos Mackenzie de educação básica em São Paulo, Tamboré (em Barueri - SP), Brasília (DF) e Palmas (TO). Além do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie Paraná (Curitiba), que presta mais de 90% de seu atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e integra o campo de estágios da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR).
O Mackenzie tem missão educadora, de cultura empreendedora e inovadora.
Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>