“Banda do Villa” em concerto no Conservatório de Tatuí
Dia 29 de setembro, às 20h, a Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí apresenta, no Teatro Procópio Ferreira, obras de Villa-Lobos e de outros grandes compositores, com arranjos inéditos. Concerto tem ingressos gratuitos e faz parte do programa Arte de Toda Gente, parceria Funarte e UFRJ.
No próximo dia 29 de setembro, às 20h, a Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí apresenta “A Banda do Villa”, espetáculo com um repertório de músicas de compositores brasileiros – Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga, Thiers Cardoso e Liduíno Pitombeira, com regência de Marcelo Jardim e de Marco Almeida Jr. O concerto será realizado no Auditório do Teatro Procópio Ferreira - Conservatório Dramático e Musical de Tatuí (SP) e é uma iniciativa do Sistema Nacional de Orquestras Sociais - Sinos, parceria Funarte – Fundação Nacional de Artes e UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, contando também com a parceria da Sustenidos Organização Social de Cultura, gestora do Conservatório Dramático e Musical da cidade paulista. Os ingressos gratuitos estão disponíveis no link: https://bit.ly/3vZGIRB.
O projeto “A Banda do Villa” faz parte da pesquisa de doutorado de Marcelo Jardim, para a qual arranjou e editou – para a utilização em bandas e corais – partituras que o maestro Villa-Lobos escrevera originalmente para a Semana de Arte Moderna de 1922. “Esse estudo vem sendo desenvolvido desde 2011 e tem como objetivo a restauração das partituras da obra de Heitor Villa-Lobos, mantendo suas características originais, mas com atualização da instrumentação para banda sinfônica”, explica Jardim.
O Programa
Villa-Lobos (1887-1959):
Pro Pax (Grande Marcha Triunfal, 1912), Brasil Novo (marcha, 1922), Desfile aos Heróis do Brasil (marcha, 1936), Meu País (canção cívica, 1939), Hino à Vitória (hino, 1942)
De Thiers Cardoso (1913 – 2000):
7 de Setembro (dobrado, 1937),
Villa-Lobos 1887-1959:
O Canto do Pagé (marcha-rancho, canção, 1933), O Pião (canção folclórica, 1935), Cantar para Viver (canção cívica, 1939)
Chiquinha Gonzaga (1847 – 1935):
Celebrando Chiquinha Gonzaga (2022, arranjo: Hudson Nogueira)
Solista: Valquíria Porciúncula (oboé) * estreia do arranjo
Villa-Lobos (1887-1959):
Suíte Popular Brasileira (1908-1912, arranjo: Hudson Nogueira)*
I Mazurka-Choro, II Schottisch-Choro, III Valsa-Choro, IV Gavota-Choro, V Chorinho
Modinha (1923, arranjo: Hudson Nogueira)*
Choros n. 1 (1923, arranjo: Hudson Nogueira)*
(*) estreia do arranjo
Liduíno Pitombeira (1962):
Cine-Teatro 5 de Julho (estreia mundial)
Sobre “A Banda do Villa” - a obra para banda de música de Heitor Villa-Lobos
Heitor Villa-Lobos sempre valorizou a banda de música como uma forma de expressão artística e como uma das mais importantes ferramentas de musicalização para o país. Em vários momentos de sua vida, dedicou à banda, e a seus maestros, composições que evidenciavam sua fé na música brasileira e na educação de um povo através da arte. Surgiram assim inúmeros hinos, marchas, canções patrióticas, cívicas ou de estímulo à profissão e ao trabalho, canções folclóricas e canções populares, entre obras originais, arranjos e transcrições de obras de outros autores.
A parceria entre o Conservatório de Tatuí e a Escola de Música da UFRJ foi viabilizada através dos projetos do programa Arte de Toda Gente, entre a UFRJ e a Funarte, e fortaleceu o propósito de levar a cabo a restauração das partituras de cada uma das obras, mantendo suas características originais, mas com atualização da instrumentação para a banda sinfônica. O conjunto de obras escritas durante o período representa um dos mais importantes exemplos do que se produziu para bandas de música na primeira metade do século XX no Brasil, e com a assinatura musical de um dos mais significativos compositores mundiais.
E a esse conjunto, somaram-se novos arranjos de obras originalmente escritas para piano ou violão, trazendo para o universo da banda de música e banda sinfônica momentos musicais de rara beleza, dos gêneros da música popular na qual Villa-Lobos sempre encontrou inspiração, pensados como se fossem obras originais para a formação de sopros e de percussão. Tal possibilidade se deu pela maravilhosa condução dos arranjos, pelo compositor Hudson Nogueira. O suporte para que tudo pudesse ser disponibilizado para as estantes dos músicos foi de outro excelente músico, e referência nas edições musicais, Edson Lopes.
Sempre, em sua trajetória, Villa-Lobos procurou evidenciar a riqueza da cultura e arte no Brasil, e resgatou preciosidades da música e do folclore nacional, dos recantos do país, das influências de todos os povos que aqui habitaram e que passaram a fazer parte de sua sonoridade.
Marcelo Jardim em foto de R. Bompiani - Divulgação
Marcelo Jardim (acima) é diretor artístico e vice-diretor da Escola de Música da UFRJ, professor de Regência de Banda e Prática de Orquestra e diretor musical da Orquestra de Sopros da UFRJ. Atua também como professor-orientador do PROMUS - Programa do Mestrado Profissional em Música da UFRJ. É doutor em Práticas Interpretativas pela UNIRIO, e mestre e bacharel em Regência e Práticas Interpretativas pela UFRJ. É coordenador geral da parceria Arte de Toda Gente, para a realização dos Projetos UFRJ-Funarte, com abrangência nacional, o que inclui o Sistema Nacional de Orquestras Sociais - Sinos, o Bossa Criativa – Arte de Toda Gente e o Um Novo Olhar, destinado a acessibilidade cultural. É consultor artístico e coordenador pedagógico dos cursos de capacitação para regentes e instrumentistas de bandas de música, Painéis Funarte de Bandas de Música, realizados pela Fundação Nacional de Artes, e responsável pelo Projeto de Edições de Partituras para Banda. Mantém constante agenda como regente convidado, palestrante e professor, com atuação com orquestras e bandas sinfônicas, festivais, seminários, simpósios e congressos, no Brasil, América Latina, Estados Unidos e Europa.
Arte de Toda Gente | Sistema Nacional de Orquestras Sociais | Projeto Bandas
Em 2020 teve início a parceria Arte de Toda Gente entre a Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, para o desenvolvimento dos projetos Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos (www.sinos.art.br), Bossa Criativa (www.bossacriativa.art.br) e Um Novo Olhar (https://umnovolhar.art.br). A esse conjunto de projetos incluiu-se posteriormente o Arte em Circuito e a XXIV Bienal de Música Brasileira Contemporânea, o Projeto Bandas: Sistema Pedagógico de Apoio às Bandas de Música e o Projeto Ópera. Todos com a curadoria da Escola de Música da UFRJ. Tal parceria atualmente viabiliza centenas de outras parcerias pelo Brasil, com as mais importantes instituições de arte, cultura e educação.
O projeto Sinos
Lançado em julho de 2020, o Sinos é formado por uma rede de dezenas de profissionais de música, que atuam em cursos, oficinas, concertos e festivais. As atividades se iniciaram exclusivamente online e, aos poucos, se estendem a ações presenciais, em todas as regiões do país. A ideia é capacitar regentes, instrumentistas, compositores e educadores musicais, apoiando projetos sociais de música e, ainda, contribuir para o desenvolvimento das orquestras escola de todo o país. Para mais detalhes sobre o projeto visite o site www.sinos.art.br.
Serviço:
Banda do Villa – Banda Sinfônica do Conservatório de Tatuí
Onde: Auditório do Teatro Procópio Ferreira – Conservatório Dramático e Musical de Tatuí
Quando: 29 de setembro de 2022, 20h
Entrada: ingressos gratuitos disponíveis no link https://bit.ly/3vZGIRB
Realização
Fundação Nacional de Artes – Funarte | Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) | Sustenidos Organização Social de Cultura
Curadoria: Escola de Música da UFRJ
Informações sobre esse e outros programas da Funarte www.funarte.gov.br
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