Ciclo de lives sobre áudio série vem estimular o debate da participação social dos afrodescentes
Márcio Soares, de Santo André e autor da série, debate sobre a leitura crítica do livro “José Flores, um herói dos Brasis”
Um Brasil de muitos Brasis. A pluralidade da sociedade brasileira é retratada na obra “José Flores, um herói dos Brasis”, de Márcio Soares.
"O livro é uma ficção baseada na realidade da construção da população brasileira, na qual inseri diversas referências a autores e obras, como, por exemplo: "O Povo Brasileiro" de Darcy Ribeiro e "Os Sertões", de Euclides da Cunha.", conta o autor.
Essa história de resiliência, embate social e ancestralidade foi lançada no dia 23 de julho, na plataforma Spotify, em formato de áudio série em podcasts.
Amanhã, dia 12, Márcio Soares inicia um ciclo de lives envolvendo essa questão tão atual ao estilo 'vidas negras importam'. O tema vem para estimular a discussão da luta de classes, o crescimento da participação social dos afrodescendentes e indígenas e a indignação revolucionária da classe trabalhadora.
Confira as datas:
Dia 12/08 às 20h: Márcio Soares bate papo com Joel Jonas Gonçalves, responsável pela leitura crítica do livro antes da publicação “José Flores, um herói dos Brasis” transformada numa áudio série para a plataforma Spotify.
Dia 19/08 às 20h: Márcio Soares bate papo com Cíntia Machado sobre as correções e inspirações de cada capítulo da obra.
Dia 26/08 às 20h: Márcio Soares recebe com Weba Pinheiro sobre processo de construção da narrativa, as personagens e cenas que compõe o livro.
As lives serão sempre às 20h pelo Facebook, página José Flores Brasis e terá tradução em libras.
Márcio Soares, que é também músico, compositor, intérprete, arranjador, escritor e pós-graduando em História e Cultura Indígena e Afrodescendente. O projeto foi selecionado pelo PROAC/2021 e conta com a narração de Weba Pinheiro, cientista social, ator da Cia Arte Sem Nome e educador.
Sobre a áudio série
A série em áudio, coordenada por Danielle Agostinho, conta com trilha sonora também de autoria de Márcio Soares e é contextualizada em três etapas, seguindo a mesma formação do livro: Os Oliveiras, na primeira fase, seguida de Os Flores e Passado presente do futuro. Cada edição do programa conta com dois capítulos semanais, cuja duração total do seriado é de 3 meses, finalizando seus 36 capítulos.
Para quem quiser saber mais informações da história, bibliografias utilizadas e algumas etapas do processo criativo do projeto, poderá acessar o perfil do Instagram @_projetobrasis com conteúdos em fotos, vídeos e lives com linguagem de sinais.
Notas sobre Márcio
Além de ser formado em música erudita (violão) pela Universidade Cruzeiro do Sul, Marcio Soares também é compositor, intérprete, arranjador, professor de arte e escritor.
O autor já se apresentou na VIII Mostra de Violão da USP/Cruzeiro do Sul, atuou como violonista no curso de canto da mesma instituição de ensino, participou do 1º Fórum de Discussão do Curso de Música 'Reflexões sobre o fazer da música: da interpretação à produção '. Além disso, há mais de dez anos como profissional da música, dedica-se a apresentações nas cidades de São Paulo, Santo André e região do ABC Paulista, algumas localidades do interior paulistano, Rio de Janeiro e Paraty. Em 2016, foi seu próprio arranjador e produtor musical num repertório embasado nas canções de Chico Buarque, com as turnês "As meninas" e "Chico, o político". Hoje, é integrante do grupo Mironga Trio e também da banda Calabar em que realiza shows pela cidade. Claro, sem falar do seu primeiro romance 'José Flores - um herói dos Brasis' que deu origem ao podcast.
A criação do artista
O livro, lançado em novembro de 2021 - pela editora Autografia, fala sobre a importância da cultura negra para a formação do povo brasileiro. José Flores, negro, filho de um nordestino e operário da construção civil é o personagem principal da trama. A obra, um apanhado histórico, social e antropológico, traz vários outros personagens que retratam o estilo de vida de pessoas como José. No enredo, um povo colonizado por uma cultura de dominação mental, espiritual e física, tendo por premissas a servidão e submissão. De forma quase que heroica, essa classe trabalhadora vai tentando se desprender de atos cruéis, agressivos e de injustiça social, dando exemplos de resiliência, força coletiva e potencialidades individuais.
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