No mês em que é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, a Cia da Tribo traz para o Rio de Janeiro o premiado espetáculo Água Doce que cria reflexão sobre rios e consciência ambiental.

São três apresentações gratuitas:

Sexta-feira, 10 de junho, 10h - Lona Cultural João Bosco

Sábado, 11 de Junho, 17h e 19h - Arena Carioca Jovelina Pérola Negra

Domingo, 12 de junho, 12h30 e 14h30 - Parque das Ruinas

Classificação: Livre

Em 2022 completam-se 50 anos da Conferência de Estocolmo, que designou o dia 5 de junho como Dia Mundial do Meio Ambiente. E é no mês de junho que a Cia da Tribo traz para o Rio de Janeiro o premiado espetáculo Água Doce em três apresentações gratuitas.

Água Doce trata da relação do homem com a água doce, dando destaque aos rios brasileiros. O espetáculo conta a história do mito da Iara e de outros seres folclóricos presentes na cultura das comunidades ribeirinhas. A peça utiliza figuras do folclore brasileiro para conscientizar o público sobre a imensidão e a importância dos rios que circulam por todo o Brasil, e muitas das vezes abaixo dos nossos pés, tamponados ou encanados durante um processo de urbanização desenfreada. Criado em 2018, o espetáculo dirigido por Milene Perez e Wanderley Piras, já cumpre uma trajetória de sucesso, conquistando o Prêmio APCA de Melhor Espetáculo de Rua e o Prêmio SP de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem na categoria Sustentabilidade e foi indicado ao VII Prêmio Aplauso Brasil, na categoria Melhor Espetáculo Para o Público Infantil e Jovem. “Com este trabalho pretendemos lançar um olhar para os nossos rios, que apesar de escondidos, continuam lá e são referências culturais”, dizem os diretores.

Segundo Milene Perez, o processo de criação da peça ganhou força quando ela, ao realizar um exercício de escuta com seus alunos de teatro em um parque, uma criança disse estar ouvindo um som de água corrente. Eles levantaram uma tampa de bueiro e descobriram que abaixo dela corria um rio. “Ficamos em silêncio por minutos, observando e escutando aquele rio que corria abaixo de nós. Foi uma experiência impactante e que suscitou muitas perguntas e reflexões, além de ter mudado a relação que aquelas crianças tinham estabelecido com os rios até então, que muitas vezes são tidos apenas como sujos ou causadores de enchentes”, conta a diretora.

A partir dessa experiência, a Cia da Tribo buscou nas lendas e costumes dos povos ribeirinhos os elementos para a criação do trabalho. Os bonecos, que representam figuras folclóricas como Cabeça de Cuia; Jaguarão; Pirarucu e Cobra Grande foram confeccionados pelo artista plástico Adriano Castelo Branco a partir de materiais reutilizáveis. “Os bonecos chamam tanta atenção que até deixamos eles a mostra do público depois das apresentações, criando uma espécie de exposição ao ar livre”, diz Milene.

Wanderley Piras conta que mesmo com a questão da preservação da natureza estar em evidência no espetáculo, ele não se impõe como uma peça panfletária ou didática. O uso da linguagem poética oferece ao público entender por conta própria às questões que estão sendo tratadas. Uma das alegorias da peça é de Iara, que vive exilada na pororoca (o encontro das correntes de um rio com as águas oceânicas) e que observa como a inveja e a ganância podem fazer mal à natureza, matando os peixes e secando os rios. “São muitos os rios soterrados e retificados nas grandes cidades. São rios caudalosos colocados em canos”, complementa Piras.

A água é o nosso principal recurso natural, essencial para existência da vida na Terra. A Pandemia, o desmatamento, a seca, a poluição das águas entre outros desastres ecológicos dos últimos anos, mostram que vivemos cenas de tragédias ambientais. No Brasil são vários episódios recentes como o rompimento da barragem de Brumadinho, o Rio Paraopeba, afluente do São Francisco, gravemente contaminado com forte impacto ambiental, o derramamento de petróleo no oceano Atlântico, atingindo o litoral do nordeste, danificando todo o ecossistema marinho e avançando para nossos rios e mangues. Esses entre outros desastres ambientais contaminam os nossos rios e ratificam que é preciso falar sobre isso para o público em geral. A Cia da Tribo acredita que através do teatro pode-se trazer à tona discussões importantes como a conscientização e preservação ambiental.

Agua doce vem falar sobre este importante tema de maneira incrivelmente lúdica e plástica. As Apresentações do Espetáculo Água Doce da Cia da Tribo são patrocinadas por ICRH, braço social do grupo Tigre por intermédia da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A nova temporada no Rio de Janeiro vai ultrapassar a marca de 200 apresentações pelo Brasil.

Sinopse

Iara, Abaré, Cacira e Xirú se aventuram para proteger os rios e o seu povo. Abaré, enviado por seu pai Xirú, inicia sua jornada por correntezas e turbulências para reencontrar sua irmã Iara e dar nova vida aos peixes e ao rio. Nesta trajetória, encontra seres de míticos da cultura ribeirinha como a Cobra Grande, o Cabeça de Cuia, as três Marias lavadeiras, Jaguarão e Pirarucu. Todo material cênico foi produzidos a partir de material reciclado.

Sobre os diretores:

Wanderley Pira

Ator/bonequeiro, diretor e arte-educador, especializado em cultura popular e manipulação de bonecos e objetos. Iniciou seus estudos artísticos por meio de oficinas de teatro, confecção/manipulação de bonecos, dança clássica e contemporânea, mímica, circo, artes marciais e canto. Por sete anos foi ator no grupo Movimento Ar, coordenado por Vladimir Capella; no grupo XPTO permaneceu por 15 anos como ator/criador e assistente geral. Fundador e diretor artístico da Cia da Tribo, também trabalha com o grupo Pia Fraus como ator e diretor, desde 2002. Ganhou prêmios, tais como: Melhor Ator Infantil e Melhor Diretor Infantil. Como arte-educador trabalhou em diversos projetos como o “Programa Fábricas de Cultura”, onde dirigiu cem jovens em espetáculo de rua realizado nas periferias de São Paulo.

Milene Perez

Formada em Artes Cênicas pela FPA, no Teatro Escola Brincante e no Teatro Escola Macunaíma. Trabalhou como atriz sob direção de Luiz Damasceno, Calixto de Inhamuns, Roberto Lage, Vladimir Capella, Wanderley Martins, Júlio Medaglia, Osvaldo Gabriele, Stephane Dosse, entre outros. Atuou nos espetáculos: O Palhaço Nú, Quernica, Em Busca dos Bons Momentos, Panos e Lendas, Como a Lua, Três Atos de Marguerite Duras, O Coronel dos Coronéis, Utopia Terra de Dragões, Zabumba, Dois Corações e Quatro Segredos, Folia da Tribo, Quixote Caboclo, entre outros. Fundou a Cia da Tribo em 1996 na qual desempenha as funções de atriz, autora, diretora, produtora e figurinista. Coordenou os Projetos Residências Cênicas da Cia da Tribo /Oficina Osvald de Andrade 2005 e no Centro Cultural São Paulo 2010. Assinou os figurinos dos espetáculos: Pedrinho e Villa Capão Redondo (Fábricas de Cultura da SEC); Dois Corações e Quatro Segredos; O Coronel dos Coronéis; Quixote Caboclo, entre outros. Como artista educadora ministra aulas de teatro na EMIA – Escola Municipal de Iniciação Artística (2008 a 2022). Participou dos projetos: Ademar Guerra - SEC – Dep. de Formação Cultural como Orientadora Técnica e Artística, Projeto Enturmando Grajaú - Secretaria Estadual do Menor, CEU – EMIA como Coordenadora da equipe de arte educadores no CEU São Rafael, entre outros.

Prêmios: APCA Melhor Atriz Teatro Infantil 1997, PRÊMIO MINC TROFÉU MAMBEMBE Melhor Atriz Teatro Infantil 1997 e PRÊMIO COCA-COLA FEMSA NO TEATRO - Melhor Figurinista 2006.

Sobre a Cia da Tribo

O grupo paulista fundado pelos artistas Milene Perez e Wanderley Piras, iniciou seu trabalho de pesquisa em cultura popular em 1996. A sua linguagem cênica foi desenvolvida através do estudo de tradições populares, personalidades e corporeidades brasileiras. Histórias, músicas, danças e bonecos criados pelo povo em diversas regiões do país são investigados, apreendidos, recriados e trazidos à cena, construindo assim, uma teatralidade brasileira.

https://www.ciadatribo.com.br/

Ficha Técnica

Texto e Direção: Milene Perez e Wanderley Piras

Direção Musical e Trilha Sonora Original: Rogério Almeida

Atuação: Vinícius Alexandre, Geovana Oliveira, Milene Perez e Wanderley Piras

Bonecos: Adriano Castelo Branco

Cenografia: Wanderley Piras

Figurino: Milene Perez

Fotografia: Arô Ribeiro e Bruno Marques

Designer ;Gabriel Bueno

Produção do Espetáculo: Gabriel Bueno

Produção Local – Rio de Janeiro: Maggie Avolio

Produção Geral: Cia Da Tribo

Imagens: https://1drv.ms/u/s!AjMkwllItGLjgcsjPe0qMgXGSSklwg?e=jtLfkp

Links dos Vídeos:

Água Doce no Teatro Adélia Lorenzetti: https://youtu.be/dsIA9rt9bWI

Água Doce no Parque Nabuco (espetáculo completo):https://youtu.be/dd9x8KntjiA

Água Doce no Teatro Cacilda Becker (Espetáculo Completo): https://youtu.be/USa7Jz-GfJU

Água Doce no Parque Aclimação (Espetáculo Completo): https://youtu.be/KFip4eTRoFI

Clipe 01: https://youtu.be/3LfPhfiK3Pw

Clipe 02: https://youtu.be/pyEnZD9PmJo

Outros espetáculos da Cia da Tribo:

Spin-Off O Jaguarão: https://youtu.be/pvVJWNnRjDc

Spin-Off A Mãe do Rio: https://youtu.be/52uDLqWwweA

Spin-Off A Cobra Grande: https://youtu.be/ddQt6YDxcWI

Spin-Off O Cabeça de Cuia:https://youtu.be/T-iXwjgmoU4

Spin-Off O Conto das Três Marias: https://youtu.be/hv1DMj4i5vI

Spin-Off A Lenda do Pirarucu: https://youtu.be/e8W2pi7fGh0

Serviço
Data e Hora: sexta-feira, 10 de junho, 10h
Local: Lona Cultural João Bosco
Endereço: Av. São Félix, 601 - Vista Alegre, Rio de Janeiro - RJ
Ingressos: Gratuito – Distribuição de Senhas 1 hora antes do Início
*Sujeito a lotação do espaço
Classificação: Livre

Data e Hora: sábado, 11 de Junho, 17h e 19h
Local: Arena Carioca Jovelina Pérola Negra
Endereço: Praça Ênio, s/n - Pavuna, Rio de Janeiro - RJ,
Ingressos: Gratuito – Distribuição de Senhas 1 hora antes do Início
*Sujeito a lotação do espaço
Classificação: Livre

Data e Hora: domingo, 12 de junho, 12h30 e 14h30
Local: Parque das Ruinas
Endereço: R. Murtinho Nobre, 169 - Santa Teresa, Rio de Janeiro – RJ
Ingressos: Gratuito – Distribuição de Senhas 1 hora antes do Início
*Sujeito a lotação do espaço
Classificação: Livre