Até segunda, 12, Festival ‘Assim Vivemos’ terá sessões presenciais no CCBB SP
A PROGRAMAÇÃO CONTINUA NO SITE DO FESTIVAL COM FILMES E DEBATES ONLINES ATÉ 20 DE DEZEMBRO
As sessões presenciais da 10ª edição paulistana do Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência terminam na próxima segunda-feira, 13/12, no Centro Cultural Banco do Brasil SP. Até lá, o público poderá conferir 29 produções em três sessões: 14h,16h e 18h, todas com entrada franca. Depois desta data, o festival segue online até 20 de dezembro com debates e filmes através do no site www.assimvivemos.com.br O evento é uma realização é do Centro Cultural do Banco do Brasil, com patrocínio do Banco do Brasil através da Lei de Incentivo à Cultura, e produção da Cinema Falado Produções.
Na sexta-feira, 10, às 14h, o festival traz o longa-metragem espanhol “Sete Léguas”, mostrando o trabalho conjunto e em um mesmo palco crianças com deficiência motora e integrantes de uma pequena companhia de dança. Antes do longa, o público terá a oportunidade de assistir ao curta-metragem “Juntos”, sobre o trabalho colaborativo entre as companhias de dança Body Shift de Austin e a Merge Dance Company.
Na sessão das 16h, é a vez dos médias-metragens “Minha amiga do sanatório” e “E elas eram colegas de quarto”. O primeiro narra a saga de Nina; uma jovem de 27 anos, residente de uma fundação para pessoas com deficiência de aprendizagem até abril de 2020 quando, em decorrência do isolamento social imposto pela pandemia, saiu da instituição fechada para viver em um apartamento em Moscou. O segundo filme se concentra em duas colegas de quarto na faculdade: Kylie (uma estudante do primeiro ano de Educação) e Olivia (uma caloura não matriculada que estuda Artes e que se identifica como uma pessoa com deficiência). Novatas em suas funções, elas descobrem que a tutoria inclusiva de duas colegas e a amizade no meio universitário vêm acompanhadas de um conjunto de desafios, sucessos e emoções.
“Não me esqueci de você” será exibido às 18h. O documentário brasileiro aborda a educação inclusiva, e ouve diferentes vozes do processo educacional - pais de alunos, professores da rede pública e especialistas na área - e busca sensibilizar sobre a responsabilidade social e política da inclusão de alunos.
No sábado, 11, a partir das 14h, a produção “13 Kilômetros” acompanha um homem cego que caminha sozinho da sua casa até a aldeia, enfrentando o rigor do inverno na zona rural do Cazaquistão. Na sessão das 16h, o público poderá conferir quatro curtas-metragens e um média-metragem. Os curtas são: “Prezado Doutor”, cujo principal objetivo é influenciar a comunidade médica para garantir que todos os pais recebam o diagnóstico de síndrome de Down com compaixão, informações atualizadas, suporte adequado e esperança; “O tabuleiro de Dania”, sobre uma ótima jogadora de damas com quem ninguém quer jogar; o argentino “A primeira lei”, um relato da intimidade do vínculo entre duas irmãs; e o espanhol “O aniversário de Estela”, que acompanha a surpresa que a mãe prepara para os filhos, em virtude do aniversário de Estela, a protagonista da produção. Encerrando o programa, o média-metragem brasileiro “Fale Conosco” aborda a comunicação de pessoas com deficiência. Fechando o dia de exibições, às 18h, é a vez do documentário brasileiro “O artista e a força do pensamento”, que narra a trajetória do dançarino e performer com paralisia cerebral Marcos Abranches.
Domingo,12, às 14h, a programação é formada por três curtas. “Quatro sentidos” acompanha a seleção de futebol de cegos da Costa Rica em uma partida contra um time de rapazes sem deficiência. Eles conversam sobre suas vidas e como descobriram o esporte. Já o russo “B1”, narra parte da trajetória de Sergey, que perdeu a visão aos seis anos, quando foi pisoteado por um cavalo e é hoje é jogador de futebol e “Imbatível Bunina”, que conta a história da atleta 13 vezes campeã de Queda de Braço, competindo como atleta com distúrbios musculoesqueléticos - e que é tida como a mulher mais forte do planeta.
A partir das 16h, estão na programação os seguintes filmes: “As belas cores de Jeremy Sicile-Kira”, que usa a pintura para transcender a deficiência e comunicar os sonhos do protagonista a outras pessoas. O israelense “Nino”, que mostra como o portador de poliomielite escolheu a liberdade de se mover e tocar a beleza que vê na humanidade através das lentes de sua câmera. “Volta” traz a história de um orgulhoso homem com deficiência que não vai parar por nada até ver sua novela semiautobiográfica ganhar vida. É a inusitada jornada pelo universo da deficiência, da autoria e da representação. A sessão será finalizada com o iraniano “Arghavan”, que acompanha momentos da vida de uma musicista e cantora com deficiência visual.
Às 18h, o público terá a oportunidade de conferir três produções, uma americana e duas russas: O americano “Sempre positivo” mostra como o ex-presidente do Comitê Paraolímpico Internacional guiou a maior organização de esportes adaptados do mundo ao se tornar um líder global para a mudança social. O documentário russo “Incapazes?” fala as pessoas declaradas incapacitadas pelo Estado, por assistentes sociais e por parentes mais próximo; e o também russo “Deus ama Porkhov” retrata o trabalho da instituição de caridade Rostok, que ajuda órfãos com deficiência intelectual a ganhar liberdade e ter uma família.
Na segunda,13, será a última oportunidade para o público acompanhar o festival presencialmente nas salas do CCBB São Paulo. A partir das 14h, os dois primeiros filmes do dia são: “Eu sou Irina” e “Mulheres surdas me contaram”. O primeiro é um curta-metragem sobre uma mulher que perdeu a visão e a audição em um acidente e encontrou no teatro um motivo para viver. O segundo filme é realizado pela cineasta Marie-Andree Boivin, surda desde os três anos de idade e defensora dos direitos dos surdos e das pessoas com deficiências auditivas. Além de sua trajetória, a diretora retrata histórias de surdez contadas por mulheres surdas, a partir de suas percepções e memórias. Tudo diretamente vindo da experiência surda e não de pesquisas produzidas por ouvintes.
Às 16h, exibição de dois filmes: “Movimento”, um documentário brasileiro com a história de Adilson – um homem surdo, nascido no interior do estado de São Paulo, que teve contato com a Língua Brasileira de Sinais (Libras) durante a infância e, após concluir seus estudos, tornou-se professor dessa língua. “Com S Maiúsculo” é uma produção italiana que mostra as dificuldades que os surdos enfrentam diariamente, como acesso à informação, à cultura, à educação e à formação ao longo dos tempos.
A partir das 18h, estão na programação três filmes brasileiros. “Seremos ouvidas”, que compartilha as lutas e trajetórias de três mulheres dento do movimento feminista surdo. “Silenciadas: em busca de uma voz” que tem como objetivo “dar voz” às mulheres com deficiência e “Uma parte de mim”, com relatos de pessoas com diferentes deficiências (incluindo a diretora), que refletem sobre vida e sexualidade.
As atividades presenciais se encerram no dia 13, mas o Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência segue em formato online até 20 de dezembro com exibição de filmes e três debates virtuais. Ao longo do tempo, os debates do festival, sempre mediados pela idealizadora da mostra, Lara Pozzobon - se consolidaram como um espaço importante de diálogo e reflexão acerca dos temas relativos às pessoas com deficiência e, consequentemente, a toda a sociedade. Os encontros da 10ª edição contam com a presença de profissionais ativos nas suas áreas de atuação, sempre com prioridade para a participação de pessoas com deficiência. No site www.assimvivemos.com.br é possível conferir a programação completa e acompanhar os encontros.
Todos os filmes contam com recursos de acessibilidade como a audiodescrição e as legendas LSE (para surdos e ensurdecidos), além interpretação em LIBRAS. Os debates ao vivo têm interpretação em LIBRAS e serão disponibilizados gratuitamente através do site, assim como o catálogo digital do festival com informações, sinopses dos filmes e programação completa.
Para conferir a programação completa do Assim Vivemos, acesse: www.assimvivemos.com.br
Para seguir nas redes: Facebook: Festival Assim Vivemos e Instagram: @festivalassimvivemos
Sobre o Festival Assim Vivemos
Realizado desde 2003, o Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência, conta com o patrocínio do Centro Cultural Banco do Brasil. Evento bienal, promove a reflexão sobre temas como preconceito, invisibilidade social, mobilidade, afeto, superação, autonomia, inclusão e acessibilidade, trazendo para o Brasil o melhor da produção audiovisual mundial sobre o assunto. Entre suas produções estão curtas, médias e longas metragens de diferentes nacionalidades que formam um mosaico diverso, abrangente e rico sobre as questões que envolvem as pessoas deficientes e consequentemente toda a sociedade. Em todas as sessões são disponibilizados recursos de acessibilidade como a audiodescrição e legendas LSE (para surdos e ensurdecidos) e interpretação de LIBRAS. O Assim Vivemos já se consolidou como um importante espaço de reflexão, já que também promove debates e oficinas sobre temas levantados pelos filmes, onde pessoas com deficiência e profissionais de referência com e sem deficiência se encontram. Com curadoria delicada e cuidadosa, que busca dar o espaço de fala e o protagonismo para as pessoas com deficiência contarem suas histórias, o Festival Assim Vivemos se revela uma experiência que encanta e transforma todos os públicos.
Serviço
Assim Vivemos - 10º Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência
Local: Centro Cultural Banco do Brasil - Cinema
Datas: De 01 a 20 de dezembro de 2021
De 01 a 13/12 – sessões presenciais
De 13 a 20/12 – sessões online de filmes relacionados aos debates e de filmes extras disponibilizados semanalmente
Ingressos: bilheteria do CCBB
Classificação indicativa: livre
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo–SP
Aberto todos os dias, das 9h às 19h, exceto às terças
Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô
Informações: (11) 4297-0600
Estacionamento conveniado: Rua da Consolação, 228 (R$ 14 por seis horas, necessário validar ticket na bilheteria). Uma van faz o traslado gratuito entre o estacionamento e o CCBB. No trajeto de volta, tem parada no Metrô República.
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