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Como aumentar a participação de mulheres na liderança de empresas de tecnologia

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Como aumentar a participação de mulheres na liderança de empresas de tecnologia

Tema será discutido no painel do ABII Live Talks "Liderança Feminina na Tecnologia" nesta quarta-feira, 15 de julho, às 17 horas. Evento online está sendo promovido pela Associação Brasileira de Internet Industrial

Não faltam estudos que demonstram a pequena participação de mulheres em cargos de liderança de diferentes setores no Brasil e no mundo. Na área da tecnologia a situação não é diferente. Diante do desafio, surgiu a ideia de fazer um painel do ABII Live Talks em que duas convidadas vão discutir o tema explorando barreiras, facilitadores e como todos podem colaborar para mudar este cenário. E ainda, o ganho das organizações e do ecossistema de tecnologia com a diversidade.

Para o painel "Liderança Feminina na Tecnologia", que ocorre nesta quarta-feira, às 17 horas, foram convidadas Jordana Arruda, que é Customer Success na Pollux e participante do Industry4Her 2020; e Cristiane Iata, que é doutora no tema liderança feminina em empresas de tecnologia, mestre em engenharia mecânica e engenheira eletricista. O evento, promovido pela Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII), é gratuito e será transmitido ao vivo pelo YouTube da ABII.

"A diversidade fará com que as organizações tenham maior empatia e tragam soluções melhores para os desafios que a humanidade tem encarado. Ultimamente, grande parte das soluções desenvolvidas são tecnológicas, tanto que as cinco maiores empresas do mundo são de base tecnológica" reforça Claudio Goldbach, diretor da ABII e CEO da TERMICA Solutions, que será mediador do painel. As empresas Pollux e TERMICA são associadas da ABII.

A visão das convidadas

Ao lado de 23 mulheres, Jordana Arruda está participando do Industry4her 2020, um programa da Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI) para ampliar o número de mulheres que lideram a evolução na Indústria 4.0. A iniciativa reúne engenheiras em diferentes momentos de carreira, motivadas a assumir posições de destaque no setor. Na avaliação dela, quando se fala sobre o desafio de ampliar o número de mulheres que lideram a evolução na Indústria 4.0, é necessário primeiro uma visão do "eu como mulher o que posso fazer" e depois uma visão do "nós como sociedade o que podemos fazer". "Como mulher eu tenho que querer liderar, buscar conhecimento e trabalhar pela não-competição de mulheres no ambiente corporativo. Olhando para o viés de sociedade, precisamos de mais representatividade e modelos inspiracionais e políticas de incentivo no ambiente corporativo", analisa.

Já em relação aos ganhos das empresas de tecnologia tendo mais mulheres na liderança, Jordana ressalta que existem estudos que mostram que empresas que tem maior diversidade internamente e na liderança, possuem resultados melhores e ambientes organizacionais mais saudáveis e harmônicos. "O consumidor 4.0 é exigente e quer mais personalização dos produtos, então a empresa que está desenvolvendo um produto precisa ter cada vez mais empatia e conseguir se colocar no lugar dele. Empresas que não tem diversidade não conseguem analisar o cenário como um todo. Já quando falamos da liderança 4.0, estamos falando em trazer mais equilíbrio na gestão, em conseguir equilibrar o olhar das pessoas, a empatia, a vulnerabilidade, a confiança com resultados melhores e saudáveis para as empresas. Por isso a participação das mulheres é fundamental", aponta.

Na avaliação da doutora no tema liderança feminina, Cristiane Iata, como os homens estão há mais tempo no mercado de trabalho, principalmente nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), as empresas acabaram desenvolvendo culturas mais masculinas e poucas mulheres optam profissionalmente por essas áreas. "Além disso, como as características de um líder foram durante muito tempo associadas às características masculinas, as mulheres passaram a vivenciar o conflito entre serem líderes ou serem femininas. Isso também impacta no menor número de mulheres ocupando altas posições de liderança nas empresas", reflete.

Para ampliar o número de mulheres na liderança de empresas de base tecnológica é preciso pensar em três pilares, conforme Cristiane: social, organizacional e o individual. "No social, é preciso acabar com os estereótipos de gênero que reforçam que a mulher não pode ter espaço em empresas de tecnologia. Com isso, mais meninas se interessariam por profissões nos domínios STEM. No pilar organizacional, precisamos mudar os modelos de negócio. As empresas precisam ter práticas que garantam as mesmas oportunidades para homens e mulheres, o mesmo salário para as mesmas funções, etc. E, finalmente no pilar individual, as mulheres precisam se perceber como tendo potencial para liderar. Não podem se colocar no papel de vítima e sim assumir o papel de responsável e protagonista da sua trajetória."

ABII Live Talks

A primeira série de eventos do ABII Live Talks, ocorreu entre 10 de junho e 1º de julho, e teve como pano de fundo a "Indústria 4.0 e o momento da retomada". Foram quatro eventos que fizeram uma leitura de mercado; discutiram novos modelos de negócio; a tecnologia na geração de valor pós-pandemia; e as pessoas no mundo VUCA. As quatro lives já passaram de 5 mil visualizações e estão disponíveis no YouTube e no Linkedin da ABII. Os painéis vão continuar ao longo de 2020, com o objetivo debater o papel fundamental da transformação digital e da indústria 4.0 na retomada econômica do Brasil.


SERVIÇO
O quê: painel "Liderança Feminina na Tecnologia".
Quando: 15 de julho, das 17 às 18h30.
Onde: ao vivo neste link


Quanto: gratuito e aberto para quem tiver interesse. Se você quiser fazer a inscrição no Sympla (https://www.sympla.com.br/abii-live-talks-lideranca-feminina-da-tecnologia__903147) receberá o link de transmissão no seu e-mail no dia do evento.
Convidadas: Jordana Arruda, Customer Success na Pollux e participante do Industry4Her 2020; e Cristiane Iata, Doutora no tema liderança feminina em empresas de tecnologia, mestre em engenharia mecânica e engenheira eletricista.
Mediador: Claudio Goldbach, diretor da ABII e CEO da TERMICA Solutions.

Sobre a ABII

A Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII), fundada em agosto de 2016, atua com o objetivo de promover o crescimento e o fortalecimento da indústria 4.0 e da IIoT (Industrial Internet of Things) no Brasil. Fomenta o debate entre setores privado, público e acadêmico, a colaboração e o intercâmbio tecnológico e de negócios com associações, empresas e instituições internacionais, a partir do desenvolvimento de tecnologias e inovação. A ABII é signatária do Acordo de Cooperação com o IIC (Industrial Internet Consortium), consórcio criado em 2014, nos Estados Unidos, com o mesmo fim, pela IBM, GE e Intel. Buscando inserir o Brasil nesta revolução, Pollux, FIESC/CIESC e Embraco uniram-se para fundar a ABII.


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