“Designer da aprendizagem”: para se aproximar de quem aprende, educador precisa ser flexível e buscar entender o universo de cada estudante
Segundo especialista, falta de conexão acontece principalmente pela defasagem tecnológica entre educadores e estudantes, que consomem conteúdos de formas distintas
Para a construção de qualquer conhecimento, é necessário que quem ensine e quem aprenda estejam em sintonia. Mas esse processo pode ser dificultado pela divergência entre a forma com que os estudantes estão absorvendo informações e a maneira que os educadores estão acostumados a ensinar, tendo nos conteúdos uma ferramenta de exposição. “Isso acontece porque naturalmente ensinamos da forma que aprendemos e as faculdades de pedagogia e licenciaturas apresentam um currículo que não contempla a forma de aprender do estudante do século 21”, explica Débora Hack, coordenadora da BEĨ Educação.
Segundo Débora, esse é um dos maiores desafios do educador da atualidade: a cada dia surgem novos aplicativos, ferramentas e tendências que rapidamente tornam-se populares entre os estudantes e que chegam mais lentamente até os educadores, resultando no distanciamento dessa relação. “O educador deve ser flexível e autodidata para adquirir conhecimentos sobre as novas ferramentas de aprendizagem, dialogando diretamente com a realidade dos estudantes. O desafio do educador é aproximar-se deste jovem, dar voz a ele e assim ter a oportunidade de, ao mesmo tempo que ensina, aprender”, reforça.
Pensando na educação como um exercício conjunto, em que o educador deve ser o guia da aprendizagem e o estudante o protagonista, é necessário entender as necessidades de quem aprende e como traçar a melhor rota de formação. “O educador é a peça-chave para que o estudante alcance a aprendizagem. Ele deve atuar como um mediador neste processo e trazer propostas de ensino que estejam alinhadas com a competência deste estudante, isto é, entender sua zona de desenvolvimento real e potencial”, diz a coordenadora.
De acordo com Débora, os educadores devem atuar como “designers da aprendizagem”, ou seja, trazer à sala de aula uma experiência personalizada daquilo que está proposto nos materiais pedagógicos e no sistema de ensino.
O educador que busca o aprimoramento no processo de aprendizagem de seus estudantes, necessita, antes de tudo, não só dialogar com eles, mas também se colocar na posição de quem ainda pode aprender. “É necessário mais do que nunca que a escola seja um lugar de formação (não de coletar informação), onde o educador possa ser o orientador e o par mais experiente na jornada dos estudantes rumo à aprendizagem”, conclui.
Sobre a BEĨ Educação. A BEĨ Educação desenvolve projetos pedagógicos que trabalham a cidadania, a identidade, as potencialidades, os conhecimentos, os valores e os sonhos dos estudantes. Com o propósito de educar para uma cidadania mais engajada e humanizada, ela busca criar um novo tipo de educação, mais relevante e atraente, para esta e as próximas gerações de estudantes e professores. A BEĨ Educação é um desdobramento da BEĨ Editora, que há 30 anos vem construindo um catálogo de livros sobre arte, design, arquitetura, urbanismo, fotografia, economia e gastronomia, bem como organizando exposições e ações culturais relacionadas ao exercício da cidadania e à promoção da cultura brasileira. A empresa conta hoje com três frentes de atuação: introdução à educação financeira; vida urbana e noções de cidadania; arte, história e cultura indígenas.
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