Psicólogos na Educação chega às aldeias indígenas de Registro
Takuari-ty, Pindo-ty e Araçá Mirim recebem atendimento psicológico via internet
A partir de uma aproximação com caciques das comunidades Guarani Mbya da região de Registro (SP), o programa Psicólogos na Educação chegou a três aldeias: Takuari-ty, Pindo-ty e Araçá Mirim. A iniciativa faz parte dos investimentos em saúde mental que a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) vem fazendo com o objetivo de contribuir para a melhoria da convivência e do ambiente escolar.
Nas aldeias, o trabalho consiste em orientar os professores indígenas e os caciques sobre como identificar questões relativas à saúde mental, além de acolher suas próprias demandas de acompanhamento psicológico.
Nos primeiros encontros realizados entre a equipe dos Psicólogos na Educação e os indígenas, salientaram-se as preocupações das lideranças sobre diferentes temas, entre elas o uso de bebidas alcóolicas pela população local. O assunto virou tema de uma roda de conversa entre professores, alunos, supervisores e psicólogos, na aldeia Pindo Ty, cuja importância foi ressaltada pelos membros da comunidade que aguardam os próximos encontros.
O cacique e professor da escola da Pindo-Ty, Renato da Silva Mariano, afirma que “A roda de conversa com a psicóloga foi muito positivo pra mim e para o meus alunos, porque o alcoolismo está muito presente hoje em dia. Então, com ajuda da psicóloga nós sabemos dos riscos que traz a bebida e para evitar o contato, para não ter o vício da bebida. Essa é minha avaliação da roda de conversa com a psicóloga, que é muito bom para nossa escola”.
A supervisora de ensino, Ademilda Suyama, interlocutora da Educação Escolar Indígena entre a Seduc-SP e a Diretoria de Ensino Região de Registro, afirma que a entrada dos psicólogos envolveu um cioso processo de escuta do cacique da aldeia Pindo-Ty, vice-diretores e professores indígenas. “Pelas especificidades da cultura indígena nós tínhamos muita preocupação em como fazer a abordagem, mas ao fim eles acolheram a iniciativa e apresentaram as propostas dos temas para os encontros virtuais”.
A visão da supervisora de ensino é corroborada pelo vice-diretor da Escola Estadual Indígena Aldeia Takuari-ty, Abílio da Silva Martins, que afirma ter tido contato com a psicologia somente no curso de Magistério Intercultural Superior Indígena, na USP. Segundo ele “O Psicólogos na Educação é muito importante para a nossa comunidade para possibilitar um apoio às experiências dos nossos professores indígenas e para que os pacientes realizem consultas com conforto, segurança e privacidade. Claro que com a vivência e práticas do cotidiano Guarani conseguimos educar, mas precisamos de apreender e entender as estratégias de ensinar no mundo das escritas, com isso achamos que é extremamente importante ter esses conhecimentos”.
Essa experiência inicial foi compartilhada pelas lideranças que aderiram ao programa Psicólogos na Educação durante uma reunião da Comissão Étnica Regional no início de agosto. A escuta é a estratégia adotada nas reuniões da Comissão, que acontecem duas vezes a cada semestre e reúnem representantes de todas as comunidades indígenas da Diretoria Regional de Registro; pesquisadores, principalmente da área de pedagogia, e colaboradores.
Os encontros dos Psicólogos na Educação têm duração de até 2 horas e acontecem por meio de uma plataforma online que conecta os indígenas com a equipe de psicólogos e os supervisores de ensino da Seduc-SP. Algumas das aldeias são de difícil acesso e a internet tem sido um meio eficaz de abordá-las.
Psicólogos na Educação
O programa Psicólogos na Educação teve início em fevereiro deste ano, com o objetivo contribuir para a melhoria da convivência e do ambiente escolar, em um contexto de que vem desafiando a saúde mental dos brasileiros. Agora, cada escola tem a sua disposição um psicólogo, com disponibilidade de 2 a 20 horas semanais de atendimento, dependendo da demanda de cada local.
O programa prevê um pacote de 40 mil horas semanais, o equivalente a 160 mil horas mensais de acompanhamento psicológico. A definição da carga horária leva em conta fatores como o número de alunos, de turnos e de ocorrências registradas em cada escola. Os atendimentos ocorrem também por meio de vídeo chamadas, com agendamento feito por diretores, vice-diretores e professores coordenadores, pela Secretaria Escolar Digital (https://sed.educacao.sp.gov.br).
Psicólogos com experiência na área da educação recebem formação para apoiar o desenvolvimento das ações do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP) e demandas emergenciais que envolvam aspectos emocionais. Também apoiam o trabalho pedagógico das equipes escolares no desenvolvimento das competências cognitivas e socioemocionais dos estudantes da rede estadual.
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