Educação a Distância é tão antiga quanto a linguagem escrita
*Engels Guedes do Rego, diretor de graduação da Unyleya
O termo EAD - Educação a Distância, tem se popularizado muito ultimamente, principalmente com o advento da pandemia e do, consequente, distanciamento social. De acordo com seu conceito oficial, EAD é uma modalidade educacional em que a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.
O que muitos ainda não perceberam é que o conceito pode se aplicar em diversas situações. Por exemplo, quando um autor escreve um livro didático, ele está transferindo conhecimentos para as páginas desse livro que pode ser lido a qualquer hora e em qualquer lugar por outra pessoa que vai assimilar esses conhecimentos. Sob essa perspectiva, portanto, a EAD é tão antiga quanto a linguagem escrita e impressa. No entanto, o termo atualmente tem sido largamente utilizado para se referir à transmissão de conhecimento via plataformas digitais, presentes na internet.
Muito além da regulamentação do Ministério da Educação (MEC), no Brasil, os cursos superiores (graduação e pós-graduação) a distância possuem a mesma validade que os presenciais, mas é preciso saber escolher a instituição de ensino e aproveitar o máximo possível todos os benefícios que a modalidade oferece.
A EAD é bastante recomendada também para quem quer conciliar uma jornada dupla de trabalho e estudo. Estudando online, o aluno tem total liberdade para organizar sua própria rotina, aproveitando ao máximo os conteúdos do curso. Levando em consideração o cenário atual e sua capilaridade, a EAD pode ser considerada a mais democrática das modalidades de educação, pois se utilizando de tecnologias de informação e comunicação transpõe obstáculos de tempo e espaço à conquista do conhecimento.
Contudo, é preciso ter muito cuidado ao escolher um curso de graduação ou pós-graduação, pois o interessado precisa ter confiança na seriedade da instituição e na experiência desta na modalidade de ensino escolhida. Na opção por um curso a 100% digital, o interessado não tem como avaliar questões palpáveis como a qualidade das instalações físicas, que por muitas vezes ajudam a transmitir a confiança no caso das instituições que oferecem cursos presenciais. Então, no caso dos cursos puramente EAD, a recomendação é avaliar a experiência da instituição com essa modalidade de ensino; como o curso é oferecido no ambiente virtual; redobrar a atenção quanto aos métodos educacionais que a instituição utiliza, os quais devem ter didática própria; e a participação dos professores. Além disso, a instituição deve contar com tecnologia de ponta para garantir que o conteúdo programático chegue aos estudantes com a melhor qualidade possível e permita a devida interação.
Aliás, um curso superior, seja de graduação ou pós-graduação, não deve existir sem a efetiva participação do corpo docente; caso contrário, seria um mero livro digital, o que não deixaria de ser uma transmissão de conhecimento (a distância), como dissemos antes; mas não é o que o MEC e a sociedade esperam da formação superior. Nesse sentido, a instituição deve se comprometer a oferecer um atendimento docente de qualidade e personalizado, a partir de um projeto pedagógico sólido e com um corpo docente altamente capacitado. Os docentes precisam fazer o acompanhamento individual dos alunos durante as atividades previstas, de modo que as dúvidas nunca passem despercebidas e o desenvolvimento pessoal do estudante possa ser efetivamente aferido.
Além do diploma ter o mesmo valor formal que da graduação presencial, do ponto de vista profissional, podemos dizer ainda que um aluno formado em um curso EAD pode ter até mais chances de sair na frente em um processo seletivo. Isso porque os recrutadores já começaram a reconhecer algumas características diferenciadas nos egressos dessa modalidade de estudo - disciplina, determinação e responsabilidade. Esses atributos, por si só, fazem dele um profissional com qualidades essenciais para o ambiente corporativo.
Outro aspecto que tem atraído muitos candidatos para a EAD é o valor a ser investido. Da mesma forma que um e-book custa menos que um livro impresso, a mensalidade nas graduações a distância tende a ser menor que nas graduações presenciais e, além disso, as despesas relacionadas às questões práticas do cotidiano acadêmico também são sensivelmente mais baixas, como, por exemplo, o gasto com materiais, alimentação na instituição de ensino e transporte. Por falar em transporte, um dos maiores benefícios da EAD para quem vive em grandes centros urbanos é a economia de tempo de deslocamento, além do, consequente, ganho em segurança pessoal.
Educação a distância, entretanto, não pode ser confundida com a “aula remota”, que muito observamos no momento excepcional que vivemos durante a Pandemia da Covid-19, tampouco trata-se de mera transposição de uma aula presencial; requer métodos específicos para que o estudante consiga ter uma jornada de aprendizado própria, de sucesso. E, apesar da provocação inicial de que EAD é tão antiga quanto a palavra escrita (impressa), entendemos que educação de qualidade (presencial ou EAD) se faz necessariamente com a efetiva colaboração entre instituição de ensino séria, docentes qualificados e alunos comprometidos.
Vale a pena fazer uma visita ao site da instituição de ensino para avaliar a competência desta na modalidade EAD, a experiência de estudantes egressos e se há realmente professores experientes envolvidos nas atividades acadêmicas propostas. Com isso, os candidatos poderão reduzir as suas incertezas e se sentirem mais confiantes para ingressar num curso superior a distância.
*Engels Iury Barbosa Guedes do Rego é sócio fundador e diretor de graduação da UnYLeYa Editora e Cursos SA, sócio da IDEA Consultoria Empresarial e já atuou como subsecretário do Pró-DF na Secretaria de Des. Econ. e Turismo do Governo do Distrito Federal. Também já foi sócio-diretor da Kapital Projetos e Participações e consultor associado da Prime Consultoria. Em seu histórico profissional, acumula experiência acadêmica como professor da disciplina de elaboração de Business Plan, em cursos de Pós-Graduação Lato Sensu do IBMEC. Engels possui mestrado executivo em gestão empresarial pela Fundação Getulio Vargas, é formado em Program for Management Development pela IESE Business School – Universidad de Navarra, pós-graduado com MBA em finanças pela Ibmec Business School e em finança e mercado pela Fundação Getúlio Vargas, além de ser bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade de Brasília.
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