Isso demonstra uma confiança maior nesse mercado. Este dado é ainda mais importante quando analisado em conjunto com o número de usuários de criptomoedas na América Latina, que já soma 55 milhões de pessoas, cerca de 10% da base global de investidores em ativos digitais. O Brasil, em particular, é um dos líderes na adoção de criptomoedas.

Com aproximadamente 17,4% de sua população engajada nesse mercado, o que equivale a mais de 38 milhões de brasileiros, não é de se estranhar que há cada vez mais projetos de criptomoedas surgindo. Nas redes sociais, muito populares no país, surgem novas memecoins que conquistam uma comunidade fiel que se interessam pelos tokens promissores.

A pesquisa revelou que as principais motivações para o investimento em criptomoedas na América Latina estão relacionadas à busca por altos retornos financeiros, citada por 20% dos entrevistados, e pela liberdade financeira, mencionada por 15%. Outros fatores incluem a proteção contra a inflação, que atraiu 13% dos usuários, e a inovação tecnológica, que foi apontada por 12%.

Esses dados reforçam como as criptomoedas estão se tornando uma solução financeira útil em uma região que enfrenta problemas econômicos, como inflação alta e desvalorização cambial. O comportamento dos investidores também foi objeto de análise na pesquisa, que mostrou que mais da metade dos entrevistados, pelo menos uma vez por mês, compram criptomoedas.

Esse dado reflete uma recorrência nas aquisições, indicando que a maioria dos usuários mantém uma estratégia de investimento contínua. Além disso, 33% dos participantes afirmaram que suas decisões de compra estão diretamente ligadas às condições do mercado, demonstrando um nível de maturidade e análise estratégica entre os investidores da região.

No Brasil, essa tendência é corroborada por dados da Receita Federal, que indicam que mais de 1,5 milhão de brasileiros declararam posse de criptomoedas em 2023, um crescimento considerável em relação aos anos anteriores. O estudo também revelou o papel das memecoins no mercado latino-americano.

Essas moedas digitais, muitas vezes criadas como piadas ou memes, têm conquistado um grande público pela promessa de retornos rápidos e pela popularidade nas redes sociais. Embora representem uma opção de investimento de alto risco, as memecoins têm gerado grande interesse, especialmente entre investidores mais jovens e aqueles com maior apetite ao risco.

Outro dado importante apresentado na pesquisa foi a diversidade nos perfis de usuários de criptomoedas na América Latina. Mais de 50% dos entrevistados investem com foco em poupança e ganhos de longo prazo, enquanto cerca de 19% são day traders que buscam aproveitar as flutuações diárias de preço.

Além disso, 8% dos usuários utilizam transações peer-to-peer, uma modalidade que reforça o papel das criptomoedas como uma solução prática e acessível em um mercado financeiro que ainda enfrenta barreiras de inclusão. No Brasil, a falta de regulamentação clara é apontada como um dos principais obstáculos para a expansão do setor.

A regulamentação vai aumentar a segurança jurídica para investidores e empresas, além de atrair mais instituições financeiras para o mercado. A regulamentação das criptomoedas no Brasil avançou muito com a entrada em vigor da Lei nº 14.478/2022, conhecida como Marco Legal das Criptomoedas, em 20 de junho de 2023.

Essa legislação estabelece diretrizes para a prestação de serviços relacionados a ativos virtuais, visando aumentar a segurança jurídica para investidores e empresas, além de atrair mais instituições financeiras para o mercado. Ao mesmo tempo, a educação financeira permanece como uma barreira para a adoção em larga escala, especialmente em regiões onde o acesso à informação ainda é limitado.

Mesmo assim, o mercado traz muitas oportunidades. A inclusão financeira proporcionada pelas tecnologias blockchain e o aumento da aceitação das criptomoedas como meio de pagamento indicam que o mercado tem potencial para continuar crescendo. O número de usuários de criptomoedas na América Latina deve aumentar ainda mais.

Impulsionado por inovações tecnológicas, pela busca por alternativas financeiras mais seguras e pela regulamentação mais estruturada. A pesquisa da Binance demonstra claramente que a América Latina está se tornando um dos principais mercado de criptomoedas no mundo. Com uma base de usuários em expansão e um ambiente que combina inovação e necessidade de alternativas econômicas, a região é um destaque que pode impactar na vida financeira de milhões de pessoas.