Pesquisa revela reflexos da pandemia para o empresariado em Gaspar
Iniciativa da Associação Empresarial fez parte do SOS Empresas 2020, que desde abril busca mapear como os empresários da cidade estão enfrentando a crise econômica gerada pelo coronavírus
Como entidade representativa da classe empresarial, a Acig tem procurado traçar o cenário do mercado nessa fase atípica provocada pela pandemia. Entre abril e maio, a entidade lançou uma pesquisa virtual para saber como os empresários estavam enfrentando a crise. As respostas geraram um documento que deve ser usado na busca por recursos nas instâncias que podem dar respaldo para os empresários na retomada da economia.
A segunda etapa do SOS Empresas 2020, agora em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Renda de Gaspar, realizada entre agosto e setembro, buscou traçar as consequências da crise econômica no segmento passados cinco meses desde o início da pandemia da Covid-19. Realizada nas formas presencial e virtual (através das redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp), a pesquisa ouviu 75 empresários. “Através desse documento, os empreendedores vão auxiliar a Acig na elaboração de estratégias para o fortalecimento da economia local e retomada urgente das atividades, de forma que o segmento possa restabelecer o ritmo de produção, visando assim um cenário de mercado mais positivo para 2021”, explica o presidente da entidade, Nelson Bornhausen.
Entre os participantes, 35,1% são do Comércio, 33,8% da Indústria e 29,7% do setor de Serviços. Questionados se a produção ou demanda por serviços foi comprometida por conta da pandemia, 62,2% responderam que sim, 35,1% disseram que não e 2,7% não souberam informar. No entanto, o estudo apontou dados positivos frente à crise que se instaurou. Apesar das atividades comprometidas, 60,8% dos entrevistados afirmaram que não teve prejuízos financeiros junto aos credores e 58,1% não precisaram renegociar pagamentos com seus fornecedores. E ainda: 62,2% não tiveram necessidade de buscar recursos junto a instituições financeiras. Dos que precisaram de empréstimos, 24,3% conseguiram crédito e apenas 10,8% não tiveram o crédito liberado.
Outro dado interessante é que 77% dos participantes da pesquisa não precisaram demitir funcionários por conta da crise. Mesmo os que afirmaram que precisaram demitir, o número de desligamentos foi baixo: 61,1 % apontaram que demitiram de 1 a 5 funcionários entre março e agosto; em contrapartida, 16,7% demitiram mais de 20 colaboradores no mesmo período.
A pesquisa também indicou uma expectativa positiva para os próximos meses: 59,5% já observam um aquecimento do seu ramo de atividade e uma retomada rápida da economia. E entre os maiores impactos da crise, os participantes apontaram baixo faturamento e insegurança, dificuldades na reposição de mercadorias, além de aumento do valor e aumento do prazo de entrega dessas mercadorias. Também elencaram como relevante a mudança na rotina dos consumidores, o crescimento das vendas online, a necessidade de investimento em novas plataformas de venda e adaptações a novas formas de negócios. A pesquisa completa pode ser conferida no portal da Acig.
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