Mês dos animais: o amor do pet pelo seu tutor é incondicional
Outubro é deles, os nossos animais de estimação. Você sabia que seu melhor amigo o tem como membro da família, mesmo sabendo diferenciar humanos de outros cães? A especialista Luana Sartori explica sobre esse processo de afeto e como se dá o amor nessas relações.
Eles são fofos, brincalhões, divertidos e amorosos, não é mesmo? É claro que estamos falando dos animais de estimação, especialmente cães e gatos - são quase 140 milhões espalhados pelas casas e apartamentos no país. Para termos uma ideia, segundo dados do IBGE, atualmente, são mais pets do que crianças nos lares brasileiros.
A paixão pelos pets não é novidade, visto que o Brasil já é o segundo maior mercado global de produtos pet, ultrapassando o Reino Unido (6,1%) pela primeira vez. “Esse é um amor indiscutível, mas a grande curiosidade das pessoas é saber como os seus animais de estimação percebem essa relação”, conta a veterinária da Nutrire - indústria de alimentos de alta performance para pets, Dra. Luana.
Segundo a Emory University, localizada nos Estados Unidos, os pets amam seus donos e os veem como alguém da família. Um estudo feito pela instituição realizou exames de ressonância magnética no cérebro de alguns animais e concluiu que o olfato é o responsável por identificar essa reciprocidade na atividade cerebral.
Esses exames mostraram que os pets conseguem diferenciar odores e reconhecem imediatamente seus donos e outros animais familiares pelo cheiro. Ou seja, quando o odor característico do tutor se aproxima, o cérebro do pet é acionado e a sensação de felicidade e recompensa é ativada”, explica Luana.
Vale ressaltar que esse sentimento de recompensa não é estimulado por nenhum outro perfume. “Muitos pensam que os cães amam seus donos pela comida ou pelos agrados que recebem, mas essa relação vai muito além disso. Os animais sentem amor por seus donos pelo simples fato de ficarem próximos, juntos, unidos”, diz.
Por isso, a alegria deles é nítida quando, por exemplo, retornarmos para casa depois de uma viagem. “As atividades cerebrais pesquisadas durante esses momentos são muito semelhantes às que nós sentimos quando reencontramos alguém que amamos”, explica a especialista responsável pela Monello Select.
É comprovado que a interação dos pets com seus tutores é muito semelhante a de bebês e seus pais. “Isso explica porque o cachorrinho corre para o colo do dono quando se assusta ou quando está com medo”, completa a veterinária. Essa relação de amor e cuidado é um laço criado quando o animal está nos primeiros meses de vida ou logo que ele chega em um novo lar.
Toda experiência que o cãozinho tem até os seis meses de vida será de extrema importância para seu desenvolvimento, visto que o cérebro de um filhote é receptivo o suficiente para que essas ações influenciem todos os períodos que ele viver depois. Cães criados por homens se sentirão mais confortáveis com a presença masculina e vice-versa. “Para toda regra sempre há exceções, claro, mas estamos falando do que geralmente acontece com a maioria dos pets.
Por isso, é tão importante que os tutores interajam com seus animais, passeando, brincando e se divertindo com eles”, aconselha. Essa relação de carinho compartilhada é essencial para uma vida mais feliz tanto para pet quanto para tutor. Quando escolhemos um animal de estimação, independente de qual seja, estamos abrindo as portas para um amor bonito, que precisa ser cuidado e respeitado.
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