Transformações sociais convidam a Medicina Veterinária a explorar novos horizontes
Para um futuro de mais valorização e rentabilidade, o pós-pandemia pede realinhamento aos profissionais e às instituições da área
Não é mais novidade que a pandemia de Covid-19 trouxe uma série de mudanças nas dinâmicas sociais e de mercado, impondo cenários muito diferentes dos habituais. Neste contexto sem precedentes, quais são os impulsos aos médicos-veterinários e às instituições que atuam junto à classe?
Estratégia para o posicionamento perante a sociedade é um ponto enfatizado por Márcio Thomazo Mota, presidente da Federação das Entidades Veterinárias Regionais do Estado de São Paulo (Feveresp) e integrante das Comissões de Clínicos de Pequenos Animais e de Entidades Regionais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP).
“Além de buscar aprimoramento técnico, é fundamental rever conceitos e estabelecer uma comunicação eficiente com clientes”, diz Thomazo. Ele argumenta que tais comportamentos somados à informação devem caminhar juntos para que a Medicina Veterinária esteja bem estruturada. “Serviços foram adaptados e desenvolvidos visando o mercado futuro.”
Os avanços tecnológicos são aliados neste sentido, tanto para o crescimento de negócios e carreiras, quanto no que diz respeito aos recursos técnicos e científicos. Presidente da Associação Brasileira de Hospitais Veterinários (ABHV), João Abel Buck aponta que as novas formas de adquirir conhecimento, comunicar e consumir são fatores norteadores.
Tecnologia a favor da Medicina Veterinária
“As inovações impulsionaram a autonomia e o acesso aos serviços do segmento, alavancando, também, o comércio eletrônico de acessórios e produtos”, destaca Buck, ressaltando, ainda, que a realidade digital permite agilidade em localizar, classificar e avaliar os serviços médico-veterinários.
Buck argumenta que, por meio das ferramentas disponíveis, o tutor se tornou mais criterioso, demandando profissionais qualificados e engajados nas novas tecnologias e soluções. É preciso se reinventar no mercado de trabalho.
A ética em tempos digitais
Se por um lado os avanços tecnológicos são aliados na empreitada para o pós-pandemia, por outro, também trazem questões desafiadoras no que tange ao aspecto ético. “Em um mundo digital, a ética deve continuar soberana e sendo o pilar para a valorização da Medicina Veterinária perante a sociedade”, enfatiza o presidente do CRMV-SP, Mário Eduardo Pulga.
Para o presidente do Conselho, este é um fator que demanda atenção de toda a classe neste contexto de modernização de processos, inclusive no aspecto científico. “Temos que fomentar a mudança e, também, trabalhar para que as regulamentações estejam alinhadas a cenários cada vez mais complexos e dinâmicos. É um desafio”, diz Pulga, quanto à atuação do Regional.
Está mais claro que “a união faz a força”
Sob a perspectiva institucional, Thomazo considera que as dificuldades levaram os médicos-veterinários a uma aproximação enquanto classe, em busca de apoio das instituições. “Os profissionais procuraram direcionamento e, as instituições, também se uniram para levar informação à sociedade e aos colegas.”
Neste contexto, Buck comenta que já há adesão de entidades veterinárias brasileiras para um pacto de trabalho com foco no Marco Civil da Internet e outras demandas que contribuirão para com o aprimoramento da Medicina Veterinária no pós-pandemia.
Quer saber mais?
Os médicos-veterinários Mário Eduardo Pulga, Márcio Thomazo Mota e João Abel Buck estarão em nova conversa sobre este e outros aspectos durante o painel “Novas perspectivas para a Medicina Veterinária”, no dia 08/09. O evento on-line faz parte da 4ª Semana do Médico-veterinário do CRMV-SP. Participe!
Inscreva-se em https://www.sympla.com.br/novas-perspectivas-para-a-medicina-veterinaria__954339
Sobre o CRMV-SP
O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do estado de São Paulo, com mais de 39 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.
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