Manutenção da reciclagem de materiais é preocupação em todo o mundo
BIR sugere negociação com governos para manter operações; Inesfa alerta para falta de renda dos catadores
O Bureau of International Recycling (BIR), principal entidade mundial do setor de reciclagem, promoveu reunião remota na última sexta-feira 27 com as suas principais associações filiadas para discutir o impacto do coronavírus nas operações do segmento. O BIR representa mais de 760 empresas membros do setor privado e 37 associações nacionais, em mais de 70 países.
O Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço (Inesfa), membro filiado ao BIR, se posicionou manifestando que há grande preocupação com os impactos nos negócios das empresas, ao meio ambiente e à saúde da população caso seja paralisada a coleta e reciclagem dos materiais descartados postos em desuso.
Uma das principais recomendações do BIR às associações é que se aproximem dos governos locais demonstrando a importância do setor e das empresas na cadeia produtiva e no controle da propagação de doenças”, afirma o Inesfa, setor que reúne 5,6 mil empresas em todo o país e no qual atuam mais de 1,5 milhão de pessoas, sendo 800 mil catadores, os chamados “carroceiros”.
Além da questão sanitária, essencial à prevenção contra a propagação de doenças como a Covid-19, dengue, chikungunya e zika, o segmento argumenta que, quanto maior o período de exposição dos materiais recicláveis, aumenta os riscos de contaminação.
Segundo Clineu Alvarenga, presidente do Inesfa, há um compromisso do setor em manter a remuneração aos catadores, independentemente da queda na demanda pela sucata por parte das usinas. “Esses trabalhadores sobrevivem com o que recebem no dia a dia e fazem uso deste dinheiro para se alimentar”, precisam continuar trabalhando, sendo fundamental a precaução, prevenção e a segurança com a saúde, afirma Alvarenga.
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