Goiano desenvolve aplicativo para ajudar no diagnóstico ao Coronavírus
Engenheiro biomédico desenvolveu um aplicativo que permite fazer triagem da doença, dar o suporte para quem precisa ficar de quarentena e ainda auxilia os médicos com protocolo de atendimento, agilizando a identificação de casos suspeitos, evitando a propagação da pandemia
Com o avanço dos casos de Coronavírus no mundo, profissionais de diversas áreas estão concentrando esforços para encontrar soluções para minimizar o impacto da pandemia. Em Goiânia, o engenheiro biomédico André de Paula Ramos, que é fundador da startup Mindify, desenvolveu uma inteligência artificial que fosse capaz de automatizar protocolos de atendimento para várias especialidades médicas. A ferramenta estava pronta desde 2017, e na semana passada, ele realizou uma adaptação para ajudar no diagnóstico do Coronavírus. Em apenas três dias, a atualização foi feita e já está sendo aplicada no Estado de São Paulo.
A tecnologia já está em operação através da Unimed do estado do Rio de Janeiro e da Federação das Unimeds de São Paulo (Unimed-FESP), que disponibilizou o aplicativo para seus quase 5 milhões de clientes. André explica que a própria Unimed está autorizando que o aplicativo seja liberado gratuitamente para outros planos de saúde e hospitais, o que deverá acontecer em Goiânia nos próximos dias. “A ideia é frear a contaminação por contato por meio de um diagnóstico rápido”, frisa.
Pacientes que possuírem o plano de saúde poderão acessar o aplicativo da operadora que disponibilizará um link para que a pessoa preencha um questionário com informações pessoais e os sintomas que esteja sentindo para fazer uma triagem. “Essas informações são repassadas para um banco de dados onde a equipe médica analisará a complexidade do caso”, explica o CEO da startup.
André explica que além da triagem, é possível dar suporte e tratamento para aos pacientes que precisarem ficar em quarentena. “Adaptamos à ferramenta, as diretrizes de atendimento do Ministério da Saúde e fizemos parceria com lideranças médicas de todo o Brasil para elaborar esse passo a passo que permitirá que os profissionais tenham as perguntas corretas para um atendimento mais ágil, eficaz e com maior resolutivo”, frisa o engenheiro que destaca que a ferramento não substitui o médico.
O teleatendimento reduz o risco de transmissão, uma vez que o paciente com suspeita de Coronavírus não terá a necessidade de ficar na fila de espera para ser atendido. “A equipe médica otimiza e padroniza suas rotinas, gerando dados estruturados e alertando os médicos caso seus dados ou diagnósticos não estejam consistentes com os protocolos de referência”, destaca André.
Tecnologia como aliada
Identificar um problema e buscar soluções para ele é uma das características das startups, que têm ganhado cada vez mais espaço no mercado. Marcos Bernardo Campos co-founder do Hub Gyntec, onde a Mindify é residente, explica que grandes transformações são feitas depois das crises. “A tecnologia tem ajudado a enfrentar os desafios, e o ecossistema de Goiás tem profissionais qualificados para desenvolver essas soluções”, diz.
Marcos cita a Mindufy como uma das startups disruptivas goianas que estão quebrando paradigmas e impactando hábitos e comportamentos das pessoas. Ele ressalta que o cluster das empresas de tecnologia estão se movimentando para aumentar a sua participação na economia do Estado, mas é importante educar as lideranças, empresários e a população para capacitação digital e economia colaborativa.
Segundo Campos, a evolução é consequência de mais inteligência de mercado no planejamento, aliada ao melhor entendimento das tendências nacionais e internacionais. “Não podemos esquecer de atualizar nossa estratégia para as melhores práticas e aproveitar mais as vantagens competitivas em Goiás. É necessário valorizar as empresas que fazem inovação e melhorar nossa educação na formação do capital humano em níveis internacionais”, afirma.
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