Maioria das pessoas apoia fechamento de fronteiras para contenção do coronavírus, mostra pesquisa Ipsos
Levantamento ouviu entrevistados em 12 países; apoio à medida é maior na Itália, na Índia e na China
Para 65,4% da população mundial, os países deveriam fechar suas fronteiras e não permitir que nenhuma pessoa entre ou saia até que se prove que a Covid-19 tenha sido contida. Esses são os dados da quarta onda da pesquisa “Tracking the coronavirus – results from a multi-country poll”, realizada semanalmente pela Ipsos com entrevistados de 12 nações.
O país que mais encoraja o fechamento de fronteiras é a Índia, com aprovação de 79% dos ouvidos localmente. Em seguida, aparecem Vietnã (78%), Itália (76%) e China (73%) que, fortemente afetados pela pandemia, também apresentaram altos índices de concordância com a medida. Na outra ponta do ranking, o Reino Unido (51%), a França (53%) e os Estados Unidos (62%) tiveram os menores percentuais de apoio à iniciativa. Rússia (71%), Austrália (69%), Japão (67%), Canadá (59%) e Alemanha (57%) também foram ouvidos.
Em quarentena
O estudo também perguntou aos entrevistados se, caso diagnosticados, se colocariam voluntariamente em quarentena por, no mínimo, 14 dias. A imensa maioria dos participantes, 88,1% do total de ouvidos nos 12 países, concordou que ficaria em reclusão.
Na Itália, mais de nove em cada dez pessoas (94%) permaneceriam em casa se estivessem infectadas. A percepção foi quase a mesma na China e no Canadá, ambos com 93%. O ranking de concordância segue com França (92%), Vietnã (90%), Austrália (89%), Reino Unido (89%), Rússia (86%) e Índia (84%). Apesar de todas as nações apoiarem a medida, as que demonstraram menor aceitação à quarentena foram a Alemanha, com 82%, e o Japão (83%) e os Estados Unidos (83%), ambos com 83%.
A pesquisa on-line foi conduzida entre os dias 12 e 14 de março e contou com a participação de cerca de 12 mil pessoas, com idades de 16 a 74 anos. A margem de erro é de 3,5 p.p..
Sobre a Ipsos
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