Coronavírus no transporte: dados da Cargo X apontam um aumento de 5% nos fretes da indústria e uma queda de 20% nos fretes do agronegócio
•Levantamento da Cargo X mostra que o impacto do coronavírus causou um aumento de 5% nos fretes da indústria, principalmente por causa de bens de consumo;
•Por outro lado, o setor do agronegócio sofreu queda de 20%;
•Dados recentes sugerem que atividade vai se recuperar rapidamente, dado que transporte de cargas rodoviário é uma necessidade primária para a economia do País.
Segundo levantamento de dados da Cargo X, logtech brasileira fundada em 2013 com o objetivo de tornar as transportadoras brasileiras mais eficientes, o surto de coronavírus ocasionou um aumento de 5% com relação aos fretes especificamente da indústria, devido ao aumento da demanda de alguns bens de consumo primário (comida, bebida, produtos de higiene etc). Por outro lado, foi vista uma queda de 20% dos fretes do agronegócio e 25% nos transportes do porto. A despeito destes dois lados do impacto do coronavírus no transporte, é importante salientar que o transporte de cargas rodoviário é uma necessidade primária para a economia do País.
A chegada de uma pandemia desse porte na economia real afeta de diferentes formas as fábricas, o transporte e seus desdobramentos. Se por um lado, com a suspensão de chegada de insumos e outros elementos, as transportadoras tornam-se mais criteriosas com relação aos caminhões; por outro, a alta demanda de alguns bens de consumo exige maior rotatividade deles.
Já com relação aos setores, a parada inesperada da atividade econômica desenrolou uma queda relevante nos preços de fretes de algumas empresas do setor do agronegócio, enquanto outras se depararam com um aumento de preços causado por escassez de elementos relacionada à crise; além disso, observamos um aumento da quantidade de fretes de produtos de bens de consumo, como se tem noticiado globalmente, com a alta procura de itens de higiene pessoal e de alimentação para estocagem caseira.
“O impacto de uma pandemia no transporte tem diferentes desdobramentos. Com o surto mundial do coronavírus, houve uma grande demanda de produtos de bens de consumo, fazendo com que a economia se aqueça nestes segmentos; porém, as mercadorias que foram vendidas antes da crise estão sendo embarcadas mais lentamente, o que acarretou em uma queda relevante nos fretes do agronegócio, o que afeta significativamente o setor de transporte”, diz CEO da Cargo X, Federico Vega.
O início do surto
80% dos casos foram registrados na China e na Ásia, que continuam sendo o centro da pandemia. Apesar de a doença estar se alastrando rapidamente pelo mundo (mais de 100 países foram atingidos), a tendência é de queda. Aqui, na América Latina, a primeira morte na América Latina foi na Argentina. Até o dia 13 de março, foram registrados ao menos 151 casos confirmados no Brasil, de acordo com as secretarias estaduais de Saúde e pelo Hospital Albert Einstein.
Com relação à economia, a globalização faz com que todos os países sejam afetados de alguma maneira; importações, exportações e negócios internacionais estão à mercê de pandemias como esta. O PIB brasileiro, por exemplo, está sofrendo revisões - segundo o Goldman Sachs, a taxa de crescimento do País foi reduzida de 2,2% a 1,5% - porém, é possível que o PIB chegue a menos de 1% no caso de uma epidemia no Brasil.
Sobre a Cargo X
Logtech brasileira fundada em 2013, com o objetivo de tornar as transportadoras brasileiras mais eficientes. A startup é um marketplace com soluções de tecnologia e capital de giro desenvolvidas para transportadoras e pequenos empreendedores frotistas. Com cerca de 400 profissionais, a companhia cresce 20% ao mês (http://cargox.com.br/).
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