Bijuterias com material reciclável dá lucro, mas exige cuidado no acabamento
A série Negócio dos Sonhos mostra que é preciso ter cuidado, no tratamento final do produto, para fabricar pulseiras, brincos, colares, entre outras peças de adorno, como faz a artesã Márcia Pinho, de Minas Gerais
Nascida no Vale do Jequitinhonha, Márcia Pinho se aposentou do governo federal em 2012, quando trocou Brasília, onde trabalhava, pela capital mineira, onde se tornou Microempreendedora Individual (MEI) e criou a Maxixe Bijuterias. “Meu negócio é rentável, mas tem que ter muito cuidado com o acabamento das peças, se não o lixo volta para o lixo”, recomenda a artesã, que fabrica pelo menos 250 tipos de ornamentos por mês, sempre utilizando as cápsulas de café expresso, além de outros materiais, como alumínio do fundo das latas de bebidas, embalagens plásticas de shampoo, cremes e determinados produtos de limpeza, pneus de bicicleta e retalhos de couro.
Márcia ensina que um dos meios para promover seus produtos recicláveis são as feiras de artesanato, como as que frequenta em Belo Horizonte. “Participo de todas elas, principalmente as promovidas pelo Sebrae, mas tenho minha clientela, além de vender para lojistas em algumas ocasiões”, explica a artesã, que não tem funcionários contratados. “Quando preciso, principalmente para as feiras, eu contrato uma pessoa”, afirma Márcia, que também conta com um ajudante quando vai para o interior, mas seu principal local de trabalho é no atelier que montou em sua própria casa.
“Meu objetivo é ampliar meu negócio”, diz a artesã mineira, ressaltando que o trabalho com produtos recicláveis tem que ser cuidadoso para poder dar lucro. Atualmente, a peça com menor preço é vendida por Márcia por R$ 38,00 e a mais cara fica em torno de R$ 62,00, o que dá um bom rendimento mensal, o que possibilitou a ela ter um imóvel próprio e usa o lucro como complemento de sua aposentadoria. A principal vantagem da reciclagem é a sensível redução do consumo incontrolável das fontes naturais de matéria-prima, já que, na maioria das vezes, não são renováveis. Além disso, quanto maior for o número de produtos reaproveitados, menor será a quantidade de resíduos que necessitam de tratamento. Os dejetos, quando não reciclados, são aterrados, incinerados ou ainda lançados em leitos de córregos, rios, entre outros, sem nenhum controle ambiental. Mas para investir nessa área é preciso um Plano de Negócios, que pode ser elaborado com a ajuda do Sebrae mais próximo. O planejamento é imprescindível para iniciar um empreendimento com alta probabilidade de sucesso.
Sonho
Segundo a Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), abrir o próprio negócio é o quarto sonho do brasileiro, depois de ter a casa própria, viajar pelo Brasil e comprar o carro. Pensando em apoiar esses potenciais empresários, o Sebrae disponibiliza um conteúdo voltado a quem planeja abrir uma empresa e está em busca de orientações. Os primeiros meses do ano são o período que concentra o maior volume de abertura de novas empresas no Brasil. São milhões de pessoas buscando tirar do papel uma ideia e transformar em realidade o desejo de ser dono do próprio negócio. No canal Ideia de Negócios, no portal do Sebrae, há 350 sugestões para quem pretende se tornar empreendedor em 2020. Na página, uma das mais visitadas do site da instituição, é possível acessar diversas informações sobre a área escolhida, como: uma visão geral de mercado, exigências legais e específicas, estrutura necessária para abrir o negócio, pessoal, equipamentos, matéria-prima, mercadoria, organização de processo produtivo, canais de distribuição, investimento, estratégias de divulgação, entre outras.
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