Mangabeira Unger aponta caminhos para o pensamento progressista
Em O homem despertado – Imaginação e esperança (Ed. Civilização Brasileira), o filósofo brasileiro propõe uma “autoajuda” para a esquerda e para demais setores que discordam dos rumos atuais. Publicado originalmente em inglês, o livro é um convite para transformar a realidade tendo a esperança e a imaginação radical sobre um mundo melhor como norteadores dessa transformação
“Um dos únicos filósofos vivos cujo pensamento tem a dimensão dos grandes filósofos do passado.”
– Times Higher Education Supplement”.
“O breve e amplamente acessível O homem despertado […] assume uma posição distinta sobre uma das grandes questões da filosofia política e desenvolve suas implicações para as dificuldades políticas de nosso tempo.”
– Bruce Ackerman, professor na Yale University
O HOMEM DESPERTADO
(The self awakened: pragmatismo unbound)
Roberto Mangabeira Unger
Tradução de Roberto Muggiati
Revisão técnica de Carlos Sávio G. Teixeira
308 págs. | R$ 59,90
Ed. Civilização Brasileira | Grupo Editorial Record
O professor e filósofo Roberto Mangabeira Unger propõe em O homem despertado – Imaginação e esperança (Ed. Civilização Brasileira) uma reorientação radical de ideias estabelecidas e apresenta reflexões acerca da natureza, a mente, sociedade, política e religião. Para Mangabeira, a filosofia predominante de nossa época, expressa nos escritos de professores, bem como na atmosfera das discussões públicas cultas, é o que chama de doutrina do encolhimento, um recuo para linhas mais defensáveis, de parar e esperar, de cantar acorrentado à medida que perdemos a confiança em grandes projetos, sejam eles de natureza teórica quanto política. Para contornar esta tendência, o filósofo defende que “nunca é tarde para mudar o rumo”, apresentando, então, uma proposta de mudança, bem como a forma como operá-la. “A ideia não é resgatar o pragmatismo, é representar e elevar a nossa humanidade. Imaginação e esperança serão nossos guias gêmeos”, aponta na introdução.
Esse poder de transformar e transcender parece, porém, fantasioso, se a realidade for aquela que a ciência moderna e grande parte da filosofia moderna descrevem: dominada por leis invariantes e determinismos inescapáveis. Teríamos de reivindicar alguma exceção milagrosa ao funcionamento normal da natureza, dentro e fora de nós. Nesta obra, o filósofo brasileiro dispensa milagres. Em que tipo de mundo e para que tipo de pensamento, indaga , a história aberta e o novo possível? Em que tipo de mundo e para que tipo de pensamento faz sentido preferir a luta à serenidade na condução da vida? O produto desse esforço de pensamento é uma filosofia que generaliza, aprofunda, reconstrói e fundamenta o radicalismo imaginativo, rebelde e transformador que pôs o mundo de cabeça para baixo nos últimos séculos.
Em O homem despertado, publicado originalmente em 2007 nos Estados Unidos, Mangabeira Unger mobiliza recursos de várias tradições filosóficas e desenvolve as implicações revolucionárias das mais influentes dessas tradições atualmente. Este livro defende a filosofia como a atividade suprema do intelecto em guerra, insistindo em seu poder de lidar com o que mais importa. O livro é, portanto, um chamado do autor, neste momento de desesperança para as pessoas que não apoiam os governos atuais, a transformar a realidade tendo a esperança e a imaginação radical sobre um mundo melhor como norteadores dessa transformação. Para Mangabeira, a mudança é feita pelas pessoas, nada é dado.
Sobre o autor
Roberto Mangabeira Unger (Rio de Janeiro, 1947) é o pensador brasileiro vivo mais estudado no mundo, além de ser cidadão atuante no embate a respeito de nosso futuro nacional. Sua obra abrange a filosofia moral e política e a filosofia da natureza; a teoria social, política, jurídica e econômica; e a proposta de alternativas, sobretudo institucionais, para as sociedades contemporâneas.
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