Empresas que fornecem refeições em hospitais, escolas e nas indústrias reagem aos impactos da alta dos preços da carne vermelha
A elevação do preço da carne vermelha, que chegou ao patamar recorde de +35% no final do segundo semestre de 2019 - motivada pela grande demanda pela exportação e alta do dólar -, alterando também os preços das aves e peixes (efeito natural de mercado já esperado), impacta mais um segmento da cadeia produtiva de alimentos no Brasil – o de refeições coletivas, fornecedoras de alimentação a escolas, hospitais, indústrias, entre outros segmentos.
De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Refeições Coletivas (ABERC), se considerar a arroba do boi a R$ 200,00 para os próximos meses, como previsto pela entidade, significa um aumento de 25%, que deverá se estender para os demais produtos substitutos, como, cortes de suínos, frangos e peixes, este último em escala menor. Segundo a ABERC, a proteína representa de 35% a 40% do custo do prato, e a falta de perspectiva de uma mudança positiva para a diminuição do valor da arroba da carne vermelha tem levado as empresas fornecedoras de refeições coletivas a antecipar a renegociação de contratos e até mesmo revê-los. A alteração dos cardápios, por exemplo, é necessária para manter o equilíbrio econômico dos contratos.
Ademar Lemos Jr., vice-presidente regional da ABERC (AL/BA/SE), explica que será necessário rever acordos que vão desde a readequação dos cardápios até ajustes de valores de contrato. Segundo o gestor, o percentual de reajuste vai variar de acordo com cada região e particularidades individuais do contrato, mas afirma que com a alta do preço não apenas da carne vermelha, mas também outras proteínas, a renegociação torna-se assunto relevante entre fornecedor e cliente – nesse caso, escolas, empresas de ramos variados, indústrias, hospitais, universidades, entre outros.
“O preço da arroba da carne vermelha dificilmente vai chegar ao valor médio registrado esse ano, que foi em torno de R$160,00. Esse mês, em Barreiras (BA) a cotação já chegou a R$ 193,00. Com isso, a renegociação dos contratos e as possíveis alterações nos cardápios se tornam necessárias para adequar o custo da prestação do serviço, principalmente porque, os fornecedores, e os mais variados segmentos assistidos desejam manter a qualidade e cumprir todas as peculiares que cada refeição precisa seguir”, pondera Ademar Lemos Jr.
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