Quatro tendências tecnológicas para o setor energético em 2020
*Por Rubens Del Monte, diretor de Energia e Utilities da Minsait no Brasil
O setor energético tem passado por diversas transformações nos últimos anos. Hoje, 36% das empresas do setor dispõem de planos estratégicos para a transformação digital em todo mundo. Apesar disso, o mercado brasileiro ainda está começando a investir em inovação – para ter uma ideia, os Estados Unidos já geram sete vezes mais valor agregado a esses serviços graças ao uso de tecnologia, de acordo com a Minsait, uma empresa Indra.
Nesse cenário, quais são as principais tecnologias usadas para esse setor? Como devem se comportar nos próximos anos em solo brasileiro? De modo geral, recursos que sejam capazes de expandir a capacidade de empresas em monitorar em tempo real as redes, além de entender de forma mais completa a saúde de ativos devem ganhar espaço durante os próximos anos.
Na prática, isso se traduz em conceitos que vem sendo amplamente discutidos: big data e smart grids, com grandes investimentos em redes de telecomunicações próprias. Contudo, atingir esses objetivos ainda demanda quatro estratégias essenciais, bastante ligadas ao gerenciamento de dados gerados pela operação, que devem se expandir durante os próximos anos: Gestão de Ativos, Advanced Distribution Management System (ADMS), Meter Data Management (MDM) e Eficiência Energética.
A Gestão de Ativos está relacionada principalmente à manutenção preditiva e avaliação da vida útil de equipamentos. Como resultado, consumidores finais devem ter resposta ágil às interrupções e diminuição de falhas, proporcionando mais qualidade do serviço. Além disso, é possível que as empresas racionalizem investimentos e tenham maior produtividade.
O Advanced Distribution Management System (ADMS) também é uma solução que contribui com a melhora na qualidade do serviço e do produto, permitindo maior controle de tensões. Além disso, conta com um módulo completo de mobilidade para gestão de equipes e automação da força de trabalho.
Em terceiro lugar, o Meter Data Management (MDM) permite às empresas ter maior confiabilidade dos dados de medição e fazer previsões de demanda, permitindo a automação de corte/religa, gerando maior rapidez. Para o cliente final, o benefício está na gestão mais eficaz da conta de energia, permitindo realizar previsões do custo e comparações de consumo com grupos similares.
Por último, mas longe de ser o menos importante, a eficiência energética e o surgimento dos chamados “Prosumers” (acrônimo entre produtores e consumidores) traz como resultado a redução no consumo e gastos de energia, além de integrar geração própria ao consumo. O impacto disso pode ser sentido em aspecto prático. Um projeto conduzido recentemente pela Minsait gerou retorno sobre uma das principais cadeias de posto de gasolina da Argentina, reduzindo em 25% o valor da conta local.
Em âmbito macro, outro caso de sucesso já pode ser observado na universidade de Monash (uma das maiores da Austrália), que implantou uma iniciativa de zero emissão de carbono até 2030. O projeto, conduzido em parceria com a Minsait, uma empresa Indra, recebeu recentemente diversos prêmios.
Esses são apenas alguns exemplos do que está por vir nos próximos anos. O setor energético é essencial para qualquer país e, sem dúvida, ainda há muitas transformações a serem realizadas até que atinja seu potencial completo. Certamente, o caminho para as tendências como Big Data e Inteligência Artificial serem 100% aplicados ainda é longo, mas o Brasil demonstra uma iniciativa valiosa, que não pode de forma alguma ser ignorada.
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