Demanda por profissionais de tecnologia faz empresas investirem em capacitação e treinamento

Com demanda anual de cerca de 70 mil profissionais e apenas 46 mil formados no mesmo período, a previsão da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) é que o mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil apresentará um déficit de 290 mil profissionais em 2024.

As empresas enfrentam um cenário cada vez mais difícil para contratar, e algumas delas, inclusive startups, recorrem a programas de formação internos ou parcerias com universidades. A ilegra, empresa global de design, inovação e software, criou o Jovens Talentos, um programa de estágio da empresa que prepara o profissional do zero para o mercado. O 7waves, aplicativo que auxilia as pessoas a definirem metas para alcançar seus objetivos de vida, desenvolve iniciativa semelhante. A startup não prioriza a experiência, e aposta na parceria com universidades para contratação de estudantes de graduação e pós-graduação para identificar profissionais que tenham o perfil de aderir aos valores da empresa e vontade de aprender.

De olho neste cenário, a Vulpi, solução de recrutamento de profissionais de TI, vem trabalhando para se tornar referência no processo de contratação. Já são mais de 50 mil candidatos de todo o Brasil cadastrados, com uma média de 35 realocações mensalmente. De acordo com a empresa, a proposta é tornar o RH das empresas mais estratégico e menos operacional, deixando toda a demanda de seleção por conta da plataforma. Uma das premissas da Vulpi é conectar o desenvolvedor com a empresa que ele deseja trabalhar, assim como encontrar o perfil ideal para a contratante. Para isso, a tecnologia utiliza inteligência artificial e a metodologia de expertise finding para a rápida triagem inicial da base.

Na fintech de meios de pagamento Ripple, a iniciativa é de longo prazo: um projeto global apoia o desenvolvimento da tecnologia blockchain e a formação profissional por meio de parcerias com universidades, entre elas a Universidade de São Paulo(USP) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“Tem sido desafiador encontrar profissionais com as qualificações necessárias para as funções que uma empresa pautada em inovação demanda. Por isso, temos optado por privilegiar nos processos seletivos a aderência aos nossos valores, o fit cultural e a vontade de aprender do indivíduo”, afirma Rodolfo Ribeiro, CEO do 7waves.

Confira algumas startups com vaga abertas que requerem habilidades ou afinidade com tecnologia:

ilegra

Empresa global de design, inovação e software, possui 100 posições abertas nas unidades de Porto Alegre e São Paulo. Os principais postos são para desenvolvedores front end e back end, quality analyst, agile coach, UX researcher, UX designer, digital services leader e DevOps pre sales engineer.

Followize

A plataforma de gestão de leads e vendas possui vagas em aberto na cidade de Itu, no interior de São Paulo. Divididas entre efetivos e estagiários, as vagas são principalmente para os setores de programação e marketing. De acordo com a Followize, a falta de profissionais qualificados acontece com frequência na área de tecnologia e desenvolvimento.

SenseData

A primeira plataforma de Customer Success da América Latina possui 10 vagas em aberto na cidade de São Paulo, em todas as áreas da companhia, principalmente desenvolvimento (TI) e customer success.

leadlovers

A plataforma de automação de marketing digital localizada em Curitiba também conta com oportunidades em aberto para desenvolvedores e enfrenta dificuldades na contratação de profissionais das áreas mais técnicas.

7waves

Com sede em Sorocaba (SP), a empresa oferece oportunidades nas áreas de tecnologia, customer success e gestão de produto.

UP Consórcios

A fintech sediada em Santana de Parnaíba (SP) está com vagas abertas para desenvolvedores e analistas de dados.